Summary: | Após longo período pesquisando, orientando mestrandos e doutorandos e publicando sobre a temática da gestão democrática, durante a realização de um pós-doutoramento na Universidade do Minho, em Portugal, tive a oportunidade de participar da discussão realizada pelo Prof. Dr. Carlos Vilar Estevão, na disciplina que ministrava para as turmas de Mestrado em Ciências da Educação no Instituto de Educação a qual tratava de Educação e Justiça. Como para mim era um tema novo, passei a realizar as leituras indicadas pelo Dr. Estevão e fui buscar outras leituras para me apropriar dos conceitos fundantes da articulação que se estabelece entre educação e justiça, como escola justa, justiça complexa, justiça radical, entre outros e, assim, tentar construir uma aproximação possível com a gestão democrática. Quando retornei ao Brasil, apresentei os resultados desses estudos para os mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Educação, Comunicação e Cultura da UERJ e ofereci o tema de pesquisa Educação e Justiça, recebendo quatro novos orientandos que pesquisaram a respeito de escola justa. A abordagem do conceito de justiça, que a retira do sentido jurídico-formal, incluindo-a no sentido eminentemente político, ético, filosófico, cultural e sociológico, permite compreender sua relação orgânica com os conceitos de igualdade, equidade, liberdade, mérito, poder, autoridade, entre outros, que condicionam, de modo particular, a maneira como pensamos a educação e a forma como as escolas se organizam para cumprirem suas finalidades. Assim, quero estabelecer com todos que me ouvem agora, uma discussão a respeito de Educação e Justiça, tendo como objeto as concepções de justiça.
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