Evolução da mortalidade neonatal no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, de 1979 a 1993. 1 - Análise por grupo etário segundo região de residência Progress of neonatal mortality in a metropolitan area of Southeastern Brazil from 1979 to 1993. 1 - Analysis by age-group according to area of residence

A análise do comportamento da mortalidade infantil no Estado do Rio de Janeiro, no período de 1979 a 1993, mostra evolução de decréscimo, com ritmo bem mais lento de declive no componente neonatal do que no componente tardio. O coeficiente de mortalidade neonatal apresenta ainda menor velocidade de...

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Bibliographic Details
Main Authors: Maria do Carmo Leal, Célia Landman Szwarcwald
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 1996-10-01
Series:Revista de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101996000500002
Description
Summary:A análise do comportamento da mortalidade infantil no Estado do Rio de Janeiro, no período de 1979 a 1993, mostra evolução de decréscimo, com ritmo bem mais lento de declive no componente neonatal do que no componente tardio. O coeficiente de mortalidade neonatal apresenta ainda menor velocidade de queda ao se subtrair do numerador os óbitos ocorridos por desnutrição, doenças diarréicas e pneumonias. Examinando-se os dados por região de residência, é o Interior do Estado que apresenta o pior desempenho. Categorizando-se por idade da criança, observa-se um padrão no qual, dentro de cada grupo de idade, é sempre na faixa etária inferior que o declínio é menos acentuado. Em contraste ao que ocorre nos países mais industrializados, a mortalidade infantil no Brasil decresce tanto menos quanto mais se aproxima do momento do nascimento, observando-se, inclusive, tendências de aumento para o grupo de óbitos ocorridos até uma hora após o parto em todas as três regiões de residência consideradas no estudo. Para o enfrentamento desta situação se faz necessária uma reestruturação dos serviços de saúde, tanto na melhoria da qualidade da assistência à gestação e ao parto, quanto no desenvolvimento de estratégias de monitoramento epidemiológico da realidade do País.<br>The behavior of the infant mortality rate in the State of Rio de Janeiro, Brazil, from 1979 to 1993, is analysed. The annual rate of variation, calculated as the slope of an exponential regression model, indicates an overall decreasing trend of approximately 5% per year. Although the neonatal component is also decreasing, the annual rate of variation is much lower, of only 2,4% per year, and is even lower (1,6%) when deaths caused by malnutrition or infectious diseases are not taken into account. Examining date by region of residence, the area composed of the counties located outside the metropolitan region - called the "Interior" - presents the worst perfomance. When mortality rates are analysed by age-group an interesting pattern is found: the shorter the time of life the lower the value of the rate variation. In contrast to what is found in developed countries, where care is more intensive for newborn children, the infant mortality rate in Rio de Janeiro State dedreases less as the number of hours of life approaches the delivery: for the groups of deathas that occurred within the first of life, an increasing trend is found in all of the residencial regions considered in this study. To face this situation, it is necessary to re-affirm the priorities of the health services, not only in respect to the improvement of the quality of medical assistance but also to the development of strategies for the epidemiological monitoring of the Brazilian situation
ISSN:0034-8910
1518-8787