AS PERCEPÇÕES DOS PAIS DE PESSOAS SURDAS

O presente artigo apresenta um estudo que teve o objetivo compreender as percepções dos pais de pessoas surdas. Considerando a família muito importante na construção da subjetividade. De modo especifico, buscando compreender como os pais ouvintes lidam com o diagnóstico de ter um filho surdo (a). E...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Luana Pereira de Oliveira Rodrigues Trindade
Format: Article
Language:Spanish
Published: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais 2017-06-01
Series:Pretextos
Subjects:
Online Access:http://periodicos.pucminas.br/index.php/pretextos/article/view/15255
Description
Summary:O presente artigo apresenta um estudo que teve o objetivo compreender as percepções dos pais de pessoas surdas. Considerando a família muito importante na construção da subjetividade. De modo especifico, buscando compreender como os pais ouvintes lidam com o diagnóstico de ter um filho surdo (a). E compreender quais as estratégias os pais ouvintes que tem filhos surdos com diagnóstico na infância utilizam na comunicação com os seus filhos surdos e como os pais percebem o processo de socialização vivenciado por esse filho. Na revisão de literatura discorreu-se sobre a família, seu processo de construção social e a socialização primária e a secundária conforme os autores Berger e Luckmann (2008). Para compreender a família e suas transformações também foram utilizados autores como Bruschini (1997) e Macedo (2015).  Sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, foram utilizadas as contribuições das autoras Gesser (2009) e Quadros (2007). Para que os objetivos propostos pudessem ser alcançados foi conduzida uma pesquisa qualitativa, que contou com a participação de pais de surdos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas a fim de levantar dados sobre a percepção dos pais em famílias formadas por pais ouvintes a respeito dos seus filhos surdos. Para analisar os dados coletados foi feita a análise de conteúdo. Os resultados deste estudo revelaram que os pais enfrentam dificuldades no processo de socialização dos filhos e também dificuldades na comunicação, quando não sabem a Libras. O surdo, no processo de socialização secundária, terá mais autonomia para esse aprendizado, diferentemente do estágio da socialização primária, quando dependia inteiramente dos pais para um desenvolvimento satisfatório. É importante destacar que, na socialização secundária, pode sim haver variações; entretanto, para uma pessoa surda, mesmo que sua socialização primária não tenha sido efetiva no tempo esperado, ainda haverá possibilidades de um bom desenvolvimento social.
ISSN:2448-0738