A questão agrária no território rural do Bolsão/MS: algumas aproximações

O Território Rural do Bolsão/MS, a partir do ano de 2006, presencia nova reconcentração fundiária, por meio da expansão territorial do complexo eucalipto-celulose. Circunstância que tem ocasionado visíveis transformações territoriais, especialmente nas áreas circunvizinhas às empresas localizadas pr...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Danilo Souza Melo, Mariele de Oliveira Silva
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Montes Claros 2016-09-01
Series:Revista Cerrados
Subjects:
Online Access:https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/1416
Description
Summary:O Território Rural do Bolsão/MS, a partir do ano de 2006, presencia nova reconcentração fundiária, por meio da expansão territorial do complexo eucalipto-celulose. Circunstância que tem ocasionado visíveis transformações territoriais, especialmente nas áreas circunvizinhas às empresas localizadas próximos aos projetos de reforma agrária. Nessa perspectiva, objetivamos com esta pesquisa: abordar a territorialização do complexo eucalipto-celulose e as estratégias de (re)criação camponesa nos projetos de assentamento da Reforma Agrária, com o intuito de apreender algumas aproximações a respeito da atual questão agrária no Território. Como metodologia de análise, recorremos à: revisão bibliográfica de obras que tratam da questão agrária; como procedimento de coleta de dados: ao trabalho de campo e uso de fontes orais; e como técnica de pesquisa: pela aplicação de entrevistas aleatórias. Por meio desse trabalho percebemos que houve a valorização do preço das terras e a inserção de programas sociais realizados pelas empresas nos assentamentos a partir da expansão do complexo eucalipto-celulose, ocasionando respectivamente a paralisação e privatização da política de Reforma Agrária. Em contrapartida há nos territórios da Reforma Agrária a resistência inovada do campesinato a partir da apropriação tanto dos mercados institucionais PAA e o PNAE quanto pelo fortalecimento dos grupos informais de comércio justo.
ISSN:1678-8346
2448-2692