A crítica feminista articulada ao literário
O presente ensaio consiste em um estudo da crítica feminista articulado ao gênero, visto como modo de discutir a hegemonia masculina na história contemporânea do literário. Trata-se de uma revisão sobretudo acerca das colocações de Lúcia Zolin sobre tendências preconizadas pela teoria anglo-america...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Santa Catarina
2015-06-01
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Series: | Anuário de Literatura |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/33641 |
Summary: | O presente ensaio consiste em um estudo da crítica feminista articulado ao gênero, visto como modo de discutir a hegemonia masculina na história contemporânea do literário. Trata-se de uma revisão sobretudo acerca das colocações de Lúcia Zolin sobre tendências preconizadas pela teoria anglo-americana, francesa e brasileira na construção de identidade e do lugar da diferença. Para tanto, entendo ser relevante pontuar o jogo de ambivalências que a cultura detém em sua estrutura histórica, sob a perspectiva de Zygmunt Bauman. Associo o conceito de cultura flexível à atitude eurocêntrica a qual pressupõe a análise do gênero nas relações com diferentes histórias e geografias, como estabelece Ella Shohat entre outros pesquisadores. Para contemplar a análise em sua materialidade literária, tomo a leitura e interpretação oferecida pela crítica feminista a partir de duas obras: Navegações (1996), de Sophia de Mello Andresen, e O rio do meio (1996), de Lya Luft, que permitem interconexões com a ficção e a realidade num exame sobre estruturas sociais que negociam escolhas em contraponto à opressão instituída historicamente.
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ISSN: | 1414-5235 2175-7917 |