AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO DE AQÜÍFEROS FISSURAIS ATRAVÉS DE MODELAGEM GEOQUÍMICA E LEVANTAMENTO ESTRUTURAL EM ÁREA DE MINERAÇÃO DE URÂNIO NO SEMI-ÁRIDO DA BAHIA.

O presente trabalho enfoca a avaliação da contaminação de aqüífero fissural pela liberação de efluentes advindos de instalação de mineração e beneficiamento de urânio, localizada no semi-árido da Bahia. Avaliou-se a especiação do urânio em solução, assim como os mecanismos de interação entre água, r...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Fernando Lamego Simões Fo, Liliane Ferreira da Silva, Robson Rodger Santos, Aguinaldo Marques Jr
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Águas Subterrâneas 2008-09-01
Series:Revista Águas Subterrâneas
Subjects:
Online Access:https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/23365
Description
Summary:O presente trabalho enfoca a avaliação da contaminação de aqüífero fissural pela liberação de efluentes advindos de instalação de mineração e beneficiamento de urânio, localizada no semi-árido da Bahia. Avaliou-se a especiação do urânio em solução, assim como os mecanismos de interação entre água, rocha e solos, através do uso traçadores (isótopos ambientais) e modelos geoquímicos. Tais ferramentas permitiram identificar que há formação predominante de complexos aquosos de carbonato de urânio (80 % do total) e também a principal área de recarga, formada por rochas fraturadas recobertas por fina camada de latossolo laterítico e/ou sedimentos aluviais. O tempo de residência da água, estimado através de traçadores, foi de vários meses e alguns anos. Além disso, foi também determinada a estrutura do aqüífero e sua condição de armazenamento de água, através do levantamento geológico de campo. Resultados preliminares indicam um sistema aqüífero fissural aberto com presença dominante de plagioclásios, combinado com porosidade cárstica localizada, de alta permeabilidade e baixa retenção de água. Dados de perfuração mostram que falhas e fraturas abertas, geradas no plano de acamamento do gnaisse, são conectadas por fraturas subhorizontais, com até 90 metros de profundidade, que são o principal meio de comunicação da água que percola o sistema. Assim, a baixa capacidade de armazenamento aliada a sua rápida recarga durante as chuvas, promovem uma constante renovação dos aqüíferos, suficiente para evitar a contaminação das águas subterrâneas, desde que respeitados os limites de liberação de radionuclídeos para o meio ambiente, estabelecidos pela autoridade regulatória.
ISSN:0101-7004
2179-9784