Summary: | Tomando como horizonte “Aqueles dois”, penúltimo conto do livro Morangos Mofados, do autor contemporâneo Caio Fernando Abreu, este artigo busca explorar tanto a singularidade deste conto quanto a sua pertinência ao projeto do livro, fazendo um estudo detalhado da sua escrita, que caminha da suavidade à indocilidade; da sua técnica narrativa; do modo encantatório da extrema sensibilidade; do jogo de contrários que envolve os personagens centrais do conto, Raul e Saul, tornando-os semelhantes. Concomitantemente, resgatar-se-á através dele, aproveitando a concepção do poema em prosa, mas também buscando absorver da própria obra os elementos que a interpretam, seu projeto construtivo, entendendo que a operação do texto passa por uma reflexão detida sobre o seu trabalho com a forma.
Palavras-chave: Caio Fernando Abreu, Morangos Mofados, Aqueles dois, Literatura brasileira contemporânea, poema em prosa, projeto arquitetônico
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