Summary: | OBJETIVOS: fazer avaliação crítica do diagnóstico histopatológico do carcinoma ductal in situ (CDIS) da mama empregando a variação interobservador quanto ao diagnóstico, padrão arquitetural predominante, grau nuclear e grau histológico. MÉTODOS: oitenta e cinco casos com diagnóstico inicial de CDIS foram revisados por um mesmo patologista, especialista em patologia mamária, que selecionou 15 casos para análise interobservador. A análise foi realizada por cinco patologistas e um especialista internacional em patologia mamária, que receberam as mesmas lâminas e um protocolo para classificar as lesões em hiperplasia ductal atípica (HDA), CDIS e CDIS com microinvasão (CDIS-MIC). Caso o diagnóstico fosse de CDIS, os patologistas deveriam também classificá-lo quanto ao padrão arquitetural, grau nuclear e grau histológico. Os resultados foram analisados usando-se concordância percentual e o teste kappa. RESULTADOS: houve grande variação diagnóstica interobservador. Em um caso tivemos todos os diagnósticos, desde HDA, CDIS até CDIS-MIC. Usando o teste kappa para a comparação entre os diagnósticos dos cinco observadores e o especialista internacional obtivemos concordância interobservador mínima (<0,40). Quanto à classificação do CDIS em relação ao padrão arquitetural e ao grau histológico, os valores do teste kappa foram considerados ruins quanto à concordância interobservador. Os melhores resultados foram obtidos na análise da concordância quanto ao grau nuclear, com índices kappa de até 0,80, considerados como boa concordância. CONCLUSÃO: os baixos índices de concordância interobservador no diagnóstico e classificação do CDIS da mama indicam a dificuldade na utilização dos critérios diagnósticos mais empregados na literatura na interpretação destas lesões e a necessidade de treinamento especifico dos patologistas não-especialistas no diagnóstico destas lesões.<br>PURPOSE: to perform a critical evaluation of the histopathological diagnosis of ductal carcinoma in situ (DCIS) of the breast, through the analysis of interobserver variation related to diagnosis, architectural pattern, nuclear grade, and histological grade. METHODS: eighty-five cases with an initial diagnosis of DCIS were reviewed by the same pathologist, specialist in breast pathology, who selected 15 cases for interobserver analysis. The analysis was carried out by five pathologists and an international expert in breast pathology, who received the same slides and a protocol for classifying the lesions as atypical ductal hyperplasia (ADH), DCIS, or ductal carcinoma in situ with microinvasion (DCIS-MIC). If the diagnosis was DCIS, the pathologists should classify it according to the dominant architectural pattern, nuclear grade, and histological grade. The results were analyzed using percent concordance and the kappa test. RESULTS: there was a great interobserver diagnostic variation. In one case we had all diagnoses, from ADH, DCIS to DCIS-MIC. The kappa test for the comparison among the five observers' and the expert's diagnoses showed minimum interobservers' concordance (<0.40). Regarding DCIS classification related to the dominant architectural pattern and the histological grade, the kappa test values were considered poor among the pathologists. The best results were obtained for the nuclear grading, with a kappa index up to 0.80, considered as good concordance. CONCLUSION: the low index of interobserver concordance in diagnosis and classification of DCIS of the breast indicates the difficulty in using the most common diagnostic criteria of the literature and the need for specific training of non-specialist pathologists in breast pathology for the diagnosis of these lesions.
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