Summary: | Resumo: Protetores de animais de rua dedicam-se a cuidar ou retirar das ruas animais que julgam não deverem estar ali, sobretudo cães e gatos. Na raiz desse tipo de ação parecem estar processos de sensibilidade ao sofrimento animal conjugados com processos morais. A partir de entrevistas com protetores fluminenses, este artigo pretende discutir algumas narrativas sobre predisposições e conversões à proteção animal. As primeiras incluem uma memória de animais de estimação na infância como um elemento importante do desenvolvimento de uma atenção ao sofrimento animal; as segundas se referem ao alinhamento a novos valores e identidades na idade adulta. Em ambos os casos, a relação com um ou mais animais é enfatizada como importante para o desenvolvimento de novas sensibilidades e/ou de engajamentos específicos e ações concretas, descortinando uma série de processos que agenciam animais e humanos.
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