Trombose venosa em paciente submetido a transplante de pâncreas-rim simultâneo
Introdução: O transplante de pâncreas-rim simultâneo (TPRS) é o padrão ouro de tratamento para o Diabetes Mellitus tipo 1 (DMT1) com nefropatia em estado avançado, sendo associado a melhor sobrevida do paciente, quando comparado ao transplante de pâncreas após o rim ou ao de pâncreas solitário . Ess...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2018-11-01
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Series: | Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba |
Online Access: | http://revistas.pucsp.br/RFCMS/article/view/40066 |
Summary: | Introdução: O transplante de pâncreas-rim simultâneo (TPRS) é o padrão ouro de tratamento para o Diabetes Mellitus tipo 1 (DMT1) com nefropatia em estado avançado, sendo associado a melhor sobrevida do paciente, quando comparado ao transplante de pâncreas após o rim ou ao de pâncreas solitário . Essa conduta terapêutica é indicada para pacientes diabéticos insulino-dependentes em diálise ou com clearence de creatinina menor que 20 ml/min. Relato de Caso: Relata-se o caso de um paciente do sexo masculino que realizou o TPRS, porém, durante a captação dos órgãos, ocorreu erro técnico que prejudicou a perfusão da solução de preservação e no primeiro dia do pós operatório o receptor evoluiu com hiperglicemia e hiperpotassemia. Dessa forma, fez-se necessária a realização de laparotomia exploradora que evidenciou uma trombose venosa tanto do enxerto renal como do pancreático, sendo feito uma transplantectomia de ambos os órgãos implantados. Discussão: A principal complicação cirúrgica não imunológica do TPRS é a trombose venosa, sendo que a incidência da trombose da veia renal é de 3,4% e do enxerto pancreático é de 1 à 40%. A recuperação dos enxertos renais e pancreáticos em caso de trombose venosa é muito rara, sendo feita uma trombectomia, uma trombólise ou administrados anticoagulantes nos poucos casos de sucesso. Esse evento trombótico possui um caráter multifatorial, evidenciando-se no caso relatado os aspectos técnicos da captação dos órgãos e um possível estado trombofílico do receptor como fatores de risco, além do mais o TPRS por si só já apresenta condições favoráveis a formação do trombo, como a lesão endotelial devido a isquemia, a hipercoagulabilidade do receptor decorrente da DMT1 e o estado de baixo fluxo no enxerto pancreático após a esplenectomia, todas essas condições explicam o fenômeno trombótico ocorrido no caso. Conclusão: A trombose venosa no paciente que realizou o TPRS, além de ser multifatorial e de possuir elementos intrínsecos a essa terapêutica que favorecem a ocorrência desses eventos trombóticos, pode ter sido causada por uma má preservação do pâncreas decorrente de um erro na captação desse órgão e por uma possível hipercoagulabilidade inerente ao paciente do caso relatado. |
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ISSN: | 1517-8242 1984-4840 |