Estudo TABU: Tratamento e Abordagem da Bronquiolite Aguda na Urgência
Introdução: É reconhecida a variabilidade na abordagem diagnóstica e terapêutica da bronquiolite aguda. O objetivo primário deste estudo foi caracterizar os meios complementares de diagnóstico e terapêutica efetuados em crianças com bronquiolite aguda no serviço de urgência pediátrica. Métodos: Es...
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Sociedade Portuguesa de Pediatria
2015-10-01
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Series: | Portuguese Journal of Pediatrics |
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doaj-9501a47cd2dd488e8f149cc65b1811f82020-11-25T01:50:55ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332015-10-0146410.25754/pjp.2015.6567Estudo TABU: Tratamento e Abordagem da Bronquiolite Aguda na UrgênciaCatarina Gomes0Joana Gil1Ana Sofia Fernandes2Gabriela Araújo e Sá3Teresa Bandeira4Ricardo M Fernandes5Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - Centro Hospitalar Lisboa NorteDepartamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - Centro Hospitalar Lisboa NorteDepartamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - Centro Hospitalar Lisboa NorteDepartamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - Centro Hospitalar Lisboa NorteDepartamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - Centro Hospitalar Lisboa NorteDepartamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - Centro Hospitalar Lisboa Norte Introdução: É reconhecida a variabilidade na abordagem diagnóstica e terapêutica da bronquiolite aguda. O objetivo primário deste estudo foi caracterizar os meios complementares de diagnóstico e terapêutica efetuados em crianças com bronquiolite aguda no serviço de urgência pediátrica. Métodos: Estudo de coorte retrospetivo realizado a partir da consulta dos processos informatizados do serviço de urgência pediátrica de um centro académico, entre novembro de 2011 e abril de 2012. Foram incluídos lactentes (< 1 ano) com primeiro episódio de bronquiolite aguda (código ICD9 466.1). Analisaram-se descritivamente os procedimentos diagnósticos e terapêuticos na ocasião da primeira visita e nos 21 dias subsequentes. Estudaram-se potenciais preditores de intervenção por análise univariada e multivariada. Resultados: Incluíram-se 241 crianças, 127 (52,7%) do sexo masculino, com mediana de idades de 4 meses (percentis 25-75: 2-6 meses). Foram internadas 36 crianças (14,9%) na primeira visita e 52 (21,6%) nos 21 dias subsequentes. Na primeira visita, efetuou-se radiografia de tórax em 24 doentes (10%) e avaliação laboratorial em 12 (5%). No serviço de urgência pediátrica foi prescrito broncodilatador em 96 (39,8%) lactentes, mais frequentemente salbutamol. A presença de sinais de dificuldade respiratória e/ou a saturação de oxigénio = 92% associou-se a prescrição de broncodilatador (p = 0,002). Os lactentes medicados com broncodilatador tinham uma média de idades significativamente superior (p < 0,001) e mais frequentemente apresentavam sibilos (p = 0,009). Discussão: Verificou-se que a requisição de exames complementares de diagnóstico é residual. No entanto, constatou-se uma utilização exagerada de terapêuticas não baseadas na evidência, o que justifica intervenções estruturadas para implementação da recente norma de orientação. https://pjp.spp.pt//article/view/6567Serviço Hospitalar de EmergênciaBroncodilatadoresBronquiolite ViralLactente |
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Introdução: É reconhecida a variabilidade na abordagem diagnóstica e terapêutica da bronquiolite aguda. O objetivo primário deste estudo foi caracterizar os meios complementares de diagnóstico e terapêutica efetuados em crianças com bronquiolite aguda no serviço de urgência pediátrica.
Métodos: Estudo de coorte retrospetivo realizado a partir da consulta dos processos informatizados do serviço de urgência pediátrica de um centro académico, entre novembro de 2011 e abril de 2012. Foram incluídos lactentes (< 1 ano) com primeiro episódio de bronquiolite aguda (código ICD9 466.1). Analisaram-se descritivamente os procedimentos diagnósticos e terapêuticos na ocasião da primeira visita e nos 21 dias subsequentes. Estudaram-se potenciais preditores de intervenção por análise univariada e multivariada.
Resultados: Incluíram-se 241 crianças, 127 (52,7%) do sexo masculino, com mediana de idades de 4 meses (percentis 25-75: 2-6 meses). Foram internadas 36 crianças (14,9%) na primeira visita e 52 (21,6%) nos 21 dias subsequentes. Na primeira visita, efetuou-se radiografia de tórax em 24 doentes (10%) e avaliação laboratorial em 12 (5%). No serviço de urgência pediátrica foi prescrito broncodilatador em 96 (39,8%) lactentes, mais frequentemente salbutamol. A presença de sinais de dificuldade respiratória e/ou a saturação de oxigénio = 92% associou-se a prescrição de broncodilatador (p = 0,002). Os lactentes medicados com broncodilatador tinham uma média de idades significativamente superior (p < 0,001) e mais frequentemente apresentavam sibilos (p = 0,009).
Discussão: Verificou-se que a requisição de exames complementares de diagnóstico é residual. No entanto, constatou-se uma utilização exagerada de terapêuticas não baseadas na evidência, o que justifica intervenções estruturadas para implementação da recente norma de orientação.
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