A Pintura de João Sebastião da Costa: a iconografia no espaço sagrado e profano
João Sebastião da Costa é um artista mato-grossense com uma criatividade ímpar, construiu seu legado e marcou a sua existência no cenário brasileiro, das artes visuais. Suas onças antropomórficas romperam os parâmetros das artes, ao se destacar nos inúmeros Salões de Arte Brasileira. A onça não era...
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Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura
2020-03-01
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doaj-9443427f3be84e6fb7632a40cb315df92020-11-25T04:02:01ZspaCentro Latino-Americano de Estudos em CulturaRevista Latino Americana de Estudos em Cultura e Sociedade2525-78702020-03-016610.23899/relacult.v6i6.17981031A Pintura de João Sebastião da Costa: a iconografia no espaço sagrado e profanoValéria Pereira Moreira0José Serafim Bertoloto1Juliano Batista dos Santos2Ana Graciela Mendes Fernandes da Fonseca Voltolini3Universidade Federal de Mato GrossoUniversidade Federal de Mato GrossoInstituto Federal de Mato GrossoUniversidade de CuiabáJoão Sebastião da Costa é um artista mato-grossense com uma criatividade ímpar, construiu seu legado e marcou a sua existência no cenário brasileiro, das artes visuais. Suas onças antropomórficas romperam os parâmetros das artes, ao se destacar nos inúmeros Salões de Arte Brasileira. A onça não era apenas o animal, ela precisava ter algo mais que isso, então ele elaborou aquilo, que o marcou, que o consagrou: a figura antropomórfica, mítica, encantada, provocativa, curiosa, que observa na espreita, um ser descrito pela crítica de arte, Aline Figueiredo “homem-bicho-santo”, cujos cenários transcendem os limites do real, os seres encantados, a celebração da natureza, a ambiência composta pela fauna, flora, a religiosidade, a devoção, a magia, na imensidão da espacialidade do cerrado, fez um artista peculiar. Na pintura em estudo o artista nos apresenta a figura do São Sebastião, repousando no interior da barriga da serpente, que nos remete à lenda do Minhocão do Parí, que habita o universo mítico dos ribeirinhos do Rio Cuiabá. O santo posicionado na parte inferior do quadro, devorado pela serpente, cria uma atmosfera singular, nos remetendo ao processo colonial na América Latina, uma vez que, o artista cria um cenário mítico, jocoso, cercado de religiosidade, onde seu lugar de fala sobrepõe aos ditames judaico-cristãos. Os fluxos de informações, que transitaram na América Latina, numa circulação e encontro de objetos e pessoas com suas práticas culturais distintas, que se cruzam e produzem outras práticas culturais inusitadas, como vemos na pintura de João Sebastião da Costa, a representação decolonial dos seus santos.http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1798joão sebastião da costaartista mato-grossenseiconografiasagrado e profanodecolonialamérica latina. |
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João Sebastião da Costa é um artista mato-grossense com uma criatividade ímpar, construiu seu legado e marcou a sua existência no cenário brasileiro, das artes visuais. Suas onças antropomórficas romperam os parâmetros das artes, ao se destacar nos inúmeros Salões de Arte Brasileira. A onça não era apenas o animal, ela precisava ter algo mais que isso, então ele elaborou aquilo, que o marcou, que o consagrou: a figura antropomórfica, mítica, encantada, provocativa, curiosa, que observa na espreita, um ser descrito pela crítica de arte, Aline Figueiredo “homem-bicho-santo”, cujos cenários transcendem os limites do real, os seres encantados, a celebração da natureza, a ambiência composta pela fauna, flora, a religiosidade, a devoção, a magia, na imensidão da espacialidade do cerrado, fez um artista peculiar. Na pintura em estudo o artista nos apresenta a figura do São Sebastião, repousando no interior da barriga da serpente, que nos remete à lenda do Minhocão do Parí, que habita o universo mítico dos ribeirinhos do Rio Cuiabá. O santo posicionado na parte inferior do quadro, devorado pela serpente, cria uma atmosfera singular, nos remetendo ao processo colonial na América Latina, uma vez que, o artista cria um cenário mítico, jocoso, cercado de religiosidade, onde seu lugar de fala sobrepõe aos ditames judaico-cristãos. Os fluxos de informações, que transitaram na América Latina, numa circulação e encontro de objetos e pessoas com suas práticas culturais distintas, que se cruzam e produzem outras práticas culturais inusitadas, como vemos na pintura de João Sebastião da Costa, a representação decolonial dos seus santos. |
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