Habermas e Honneth: leitores de Mead
Mead foi um filósofo pragmatista americano que desenvolveu uma linha de pensamento denominada como interacionismo simbólico. Para o psicólogo social, somente pode existir um sentido de "eu" se houver um senso correspondente de um "nós". A teoria de Mead é fundamental para Haberma...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2014-08-01
|
Series: | Sociologias |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222014000200144&lng=en&tlng=en |
id |
doaj-942cb014fd274f26a4b3dfa668c0cbe4 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-942cb014fd274f26a4b3dfa668c0cbe42020-11-24T23:40:23ZspaUniversidade Federal do Rio Grande do SulSociologias1807-03372014-08-01163614417910.1590/15174522-016003611S1517-45222014000200144Habermas e Honneth: leitores de MeadMARIA EUGÊNIA BUNCHAFFTMead foi um filósofo pragmatista americano que desenvolveu uma linha de pensamento denominada como interacionismo simbólico. Para o psicólogo social, somente pode existir um sentido de "eu" se houver um senso correspondente de um "nós". A teoria de Mead é fundamental para Habermas e para Honneth, pois não recorre ao individualismo metodológico, explicando os fenômenos sociais e o comportamento social em uma perspectiva intersubjetiva. Defende-se que a preocupação fundamental de Habermas (2002; 2012), em sua releitura da psicologia social de Mead, se concentra em que o desenvolvimento do self alcance um nível de pós-convencionalidade. A preocupação de Honneth, ao resgatar Mead, vincula-se aos contextos de vulnerabilidade moral, ou seja, à possibilidade de evitar os danos que o self possa sofrer na formação da identidade pessoal. Sustenta-se, finalmente, que uma releitura da psicologia social de Mead com base no paradigma normativo da autorrealização não possui recursos teóricos com potencialidade para avaliar as injustiças contemporâneas e atender aos desafios propostos pelos novos movimentos sociais, porquanto a ampliação das dimensões de reconhecimento não pode basear-se em uma apologia da psicologia moral do sofrimento. Busca-se, portanto, apresentar um diálogo entre Habermas e Honneth sobre a psicologia social de Mead.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222014000200144&lng=en&tlng=enIdentidadeReconhecimentoMeadHabermasHonneth |
collection |
DOAJ |
language |
Spanish |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
MARIA EUGÊNIA BUNCHAFFT |
spellingShingle |
MARIA EUGÊNIA BUNCHAFFT Habermas e Honneth: leitores de Mead Sociologias Identidade Reconhecimento Mead Habermas Honneth |
author_facet |
MARIA EUGÊNIA BUNCHAFFT |
author_sort |
MARIA EUGÊNIA BUNCHAFFT |
title |
Habermas e Honneth: leitores de Mead |
title_short |
Habermas e Honneth: leitores de Mead |
title_full |
Habermas e Honneth: leitores de Mead |
title_fullStr |
Habermas e Honneth: leitores de Mead |
title_full_unstemmed |
Habermas e Honneth: leitores de Mead |
title_sort |
habermas e honneth: leitores de mead |
publisher |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
series |
Sociologias |
issn |
1807-0337 |
publishDate |
2014-08-01 |
description |
Mead foi um filósofo pragmatista americano que desenvolveu uma linha de pensamento denominada como interacionismo simbólico. Para o psicólogo social, somente pode existir um sentido de "eu" se houver um senso correspondente de um "nós". A teoria de Mead é fundamental para Habermas e para Honneth, pois não recorre ao individualismo metodológico, explicando os fenômenos sociais e o comportamento social em uma perspectiva intersubjetiva. Defende-se que a preocupação fundamental de Habermas (2002; 2012), em sua releitura da psicologia social de Mead, se concentra em que o desenvolvimento do self alcance um nível de pós-convencionalidade. A preocupação de Honneth, ao resgatar Mead, vincula-se aos contextos de vulnerabilidade moral, ou seja, à possibilidade de evitar os danos que o self possa sofrer na formação da identidade pessoal. Sustenta-se, finalmente, que uma releitura da psicologia social de Mead com base no paradigma normativo da autorrealização não possui recursos teóricos com potencialidade para avaliar as injustiças contemporâneas e atender aos desafios propostos pelos novos movimentos sociais, porquanto a ampliação das dimensões de reconhecimento não pode basear-se em uma apologia da psicologia moral do sofrimento. Busca-se, portanto, apresentar um diálogo entre Habermas e Honneth sobre a psicologia social de Mead. |
topic |
Identidade Reconhecimento Mead Habermas Honneth |
url |
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222014000200144&lng=en&tlng=en |
work_keys_str_mv |
AT mariaeugeniabunchafft habermasehonnethleitoresdemead |
_version_ |
1725509794065809408 |