Problemas e limites da utilização do conceito de classe social em investigações epidemiológicas: uma revisão crítica da literatura Problems and limits in the utilization of the concept of social class in epidemiologic research: a critical review of the literature
As limitações evidenciadas no emprego de variáveis empírico-indutivas nas alternativas hegemônicas da Epidemiologia para o tratamento das variações sócio-econômicas em coletivos humanos levaram à necessidade de novas propostas. Assim, foi introduzido o emprego da categoria classe social, operacional...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz
1996-06-01
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Series: | Cadernos de Saúde Pública |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1996000200009 |
Summary: | As limitações evidenciadas no emprego de variáveis empírico-indutivas nas alternativas hegemônicas da Epidemiologia para o tratamento das variações sócio-econômicas em coletivos humanos levaram à necessidade de novas propostas. Assim, foi introduzido o emprego da categoria classe social, operacionalizada de acordo com a inserção produtiva dos indivíduos estudados, apresentando potencialidades já evidenciadas em alguns estudos. O presente trabalho buscou identificar problemas e limites existentes na utilização do conceito de classe social na investigação epidemiológica. São abordados neste artigo alguns aspectos, entre eles: o tratamento das classes sociais enquanto agregados articulados no processo de investigação, a necessidade de adequar o esquema de operacionalização às particularidades de cada formação sócio-econômica, a simplificação efetivada no processo de redução do conceito de classe a uma série de variáveis articuladas empregadas, a necessidade de amostra relativamente grande, a existência de controvérsias na definição da inserção de classe de segmentos afastados da produção e de indivíduos com duas ou mais inserções produtivas distintas.<br>The application of inductive empirical variables in hegemonic alternatives of Epidemiology in order to treat socioeconomic variations in human groups has displayed certain limitations raising the need for new proposals. The use of social class was thus introduced as an analytical category operated according to place in the productive process for the subjects under study. This choice has already shown potentialities in several studies. This paper was intended to identify some limits and problems occurring when using the social class concept in epidemiological research. Besides the need for an adequate theoretical framework, construction of categories consistent with both their theories and the levels of abstraction employed, and the concern for more carefully analyzing the consumer and working modes for each social class (questions that have been discused elsewhere), this paper approaches several issues, as follows: the treatment of social classes as articulated clusters in the research process, the need to adjust the operational scheme to the particularities of each socioeconomic formation, the simplification resulting from the process of reducing the concept of social class to several linked variables, the need for a relatively large sample, the existence of debate over the definition of the position of class groups not participating in production, and subjects with two or more different positions in production. |
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ISSN: | 0102-311X 1678-4464 |