ALÉM DA INTELIGIBILIDADE MÚTUA
As interações estão no centro das principais abordagens sociológicas do trabalho. Algumas linhas de pesquisa foram responsáveis por interações cooperativas que incluem perspectivas incomensuráveis. Mas neste artigo argumentamos que a noção de interação precisa ser estendida à noção de transação, pro...
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Format: | Article |
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Universidade Federal de Minas Gerais
2019-12-01
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Series: | Trabalho & Educação |
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doaj-92be6f4fc2604ce79cf5363aaceed6052021-02-02T22:28:37ZporUniversidade Federal de Minas Gerais Trabalho & Educação1516-95372238-037X2019-12-0128310.17648/2238-037X-trabedu-v28n3-15797ALÉM DA INTELIGIBILIDADE MÚTUA Alexandra Bidet0Manuel Boutet1Frédérique Chave2Centre Maurice Halbwachs (CNRS/EHESS/ENS/Paris) Université Paris Ouest La Défense (CNRS/ Paris)Centre Maurice Halbwachs (CNRS/EHESS/ENS/ Paris)As interações estão no centro das principais abordagens sociológicas do trabalho. Algumas linhas de pesquisa foram responsáveis por interações cooperativas que incluem perspectivas incomensuráveis. Mas neste artigo argumentamos que a noção de interação precisa ser estendida à noção de transação, profundamente enraizada na tradição pragmática americana. A mudança de interação para transação permite o estudo de uma ampla gama de situações sem inteligibilidade mútua. A principal característica é a coexistência de cooperação e perspectivas inteiramente assimétricas, não apenas por um momento transitório no processo de troca de perspectivas, mas como uma configuração estabilizada. Tais contextos significam chegar a um acordo com componentes de ambientes de trabalho longos, despercebidos, mas cada vez mais atuais. Para entender essas formas singulares de coordenação com interações mínimas, precisamos levar em conta o papel dos artefatos digitais, dos participantes de terceiros e dos ritmos pessoais. Este trabalho baseia-se em três estudos realizados em diferentes configurações organizacionais: um centro de controle de tráfego de telefone, um pronto-socorro pediátrico e jogos on-line no local de trabalho. Onde a atividade coletiva não significa inteligibilidade mútua, a análise se volta para as várias formas de vida desenvolvidas no processo de trabalho, os encontros intermitentes entre compromissos inconscientes uns dos outros e os trabalhadores confrontados com seus múltiplos espaços de atividade. https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/15797Atividade coletivaTrabalhoExperiênciaPragmatismo |
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As interações estão no centro das principais abordagens sociológicas do trabalho. Algumas linhas de pesquisa foram responsáveis por interações cooperativas que incluem perspectivas incomensuráveis. Mas neste artigo argumentamos que a noção de interação precisa ser estendida à noção de transação, profundamente enraizada na tradição pragmática americana. A mudança de interação para transação permite o estudo de uma ampla gama de situações sem inteligibilidade mútua. A principal característica é a coexistência de cooperação e perspectivas inteiramente assimétricas, não apenas por um momento transitório no processo de troca de perspectivas, mas como uma configuração estabilizada. Tais contextos significam chegar a um acordo com componentes de ambientes de trabalho longos, despercebidos, mas cada vez mais atuais. Para entender essas formas singulares de coordenação com interações mínimas, precisamos levar em conta o papel dos artefatos digitais, dos participantes de terceiros e dos ritmos pessoais. Este trabalho baseia-se em três estudos realizados em diferentes configurações organizacionais: um centro de controle de tráfego de telefone, um pronto-socorro pediátrico e jogos on-line no local de trabalho. Onde a atividade coletiva não significa inteligibilidade mútua, a análise se volta para as várias formas de vida desenvolvidas no processo de trabalho, os encontros intermitentes entre compromissos inconscientes uns dos outros e os trabalhadores confrontados com seus múltiplos espaços de atividade.
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