Sofrimento na vigilância prisional: o trabalho e a atenção em saúde mental

Neste trabalho, apresentaremos uma caracterização das condições de trabalho dos agentes de segurança penitenciária (ASPs) e uma intervenção que culminou com a constituição de um espaço para o acolhimento do sofrimento psíquico dos trabalhadores. Realizamos trinta entrevistas semidirigidas individuai...

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Bibliographic Details
Main Author: Cassiano Ricardo Rumin
Format: Article
Language:English
Published: Conselho Federal de Psicologia
Series:Psicologia: Ciência e Profissão
Subjects:
Online Access:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932006000400005&lng=en&tlng=en
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spelling doaj-92bd65f1cb0d419680ca93fd7a7f3f882020-11-25T00:14:39ZengConselho Federal de PsicologiaPsicologia: Ciência e Profissão1414-9893264570581S1414-98932006000400005Sofrimento na vigilância prisional: o trabalho e a atenção em saúde mentalCassiano Ricardo Rumin0Faculdades Adamantinenses IntegradasNeste trabalho, apresentaremos uma caracterização das condições de trabalho dos agentes de segurança penitenciária (ASPs) e uma intervenção que culminou com a constituição de um espaço para o acolhimento do sofrimento psíquico dos trabalhadores. Realizamos trinta entrevistas semidirigidas individuais com ASPs de uma unidade prisional de regime fechado. O discurso dos ASPs apontou as seguintes situações ansiogênicas: risco constante de exposição à violência física no cotidiano prisional, temor em relação à segurança de seus familiares, exposição a doenças como tuberculose, hepatite C e HIV, percepção da degradação da saúde mental, trabalho monótono e sensação de enclausuramento em algumas funções, representação social pejorativa desse trabalho pela comunidade, baixa remuneração e restrição dos serviços de saúde oferecidos aos ASPs e seus dependentes. Após o reconhecimento dos determinantes de agravo à saúde, organizamos um espaço de escuta aos trabalhadores com a participação de graduandos que realizavam estágio profissionalizante em Psicologia. Esse espaço evoluiu da mobilização subjetiva para o enfrentamento das dinâmicas disciplinares institucionais às dinâmicas afetivas dos trabalhadores e ofereceu acolhida ao seu sofrimento, tendo sido organizado numa modalidade de atenção emergencial em saúde mental e em encontros individuais com os trabalhadores.http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932006000400005&lng=en&tlng=enTrabalhoSaúde mentalPenitenciáriasWorkMental healthPrisons
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