Pra não dizer que Freud e Lacan não falaram da solidão

Este trabalho partiu de impasses surgidos no atendimento clínico em consultório particular seguindo uma abordagem psicanalítica. Nossa escuta revelou a presença de uma intensa imaginarização e inflação de um discurso de auto- suficiência associado a essa dificuldade. Nesse sentido, entendemos ser...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Isabel Tatit, Miriam Debieux Rosa
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Católica Dom Bosco 2013-07-01
Series:Revista Psicologia e Saúde
Subjects:
Online Access:http://www.gpec.ucdb.br/pssa/index.php/pssa/article/view/282
Description
Summary:Este trabalho partiu de impasses surgidos no atendimento clínico em consultório particular seguindo uma abordagem psicanalítica. Nossa escuta revelou a presença de uma intensa imaginarização e inflação de um discurso de auto- suficiência associado a essa dificuldade. Nesse sentido, entendemos ser importante atribuirmos maior peso a um significante muitas vezes responsável pela possibilidade de flexibilizar o discurso de auto-suficiência: o significante da solidão. Verificamos haver simetria entre o discurso de auto-suficiência dos pacientes e o discurso sobre a solidão presente na mídia de forma hegemônica. Assim, quando se apresenta como um contraponto ao discurso dominante, a solidão pode ser expressão da singularidade do sujeito, do ponto de vista da Psicanálise, uma experiência ética. Este trabalho pretende dar embasamento a essa reflexão por meio de uma revisão da solidão nas obras de Freud e Lacan.
ISSN:2177-093X