Summary: | O presente trabalho tem como objetivo lançar dois pontos de reflexão: O primeiro é que, apesar do que se supunha para o projeto da modernidade, a prática da biomedicina não é única, universal e uniformemente disseminada pelas várias partes do globo. Interessa, então investigar a forma com a qual ela se transfigura e se transforma num processo de “indigenização” do seu repertório discursivo. Analisamos para isso os padrões de interação dos repertórios simbólicos de cura, quando a biomedicina é escolhida como alternativativa curativa. O segundo ponto é como o processo de ruptura e consequente necessidade de reconstrução cultural e identitária envolvida no processo migratório pode ser comunicado através do adoecimento e escolha activa emigração guineense, reportórios simbólicos, adoecimento, cura dos intinerários terapêuticos. O corpo é visto como matriz simbólica organizadora da experiência, um arquivo histórico e um lugar de resistência; e os seus sintomas vistos como uma expressão da multiplicidadde de vivências culturais, um comentário político sobre as complexas relações que vive a comunidade guineense como parte de processos sociais que ultrapassam amplamente o contexto local.
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