Práticas terapêuticas na rede informal com ênfase na saúde mental: histórias de cuidadoras

O crescimento de práticas terapêuticas não alopáticas em saúde mental é uma forma diferenciada de cuidar dos que sofrem de transtorno psíquico, já que os serviços oficiais de saúde ainda não são suficientes para garantir um atendimento adequado nessa área. Nesse estudo, objetivamos conhecer as hist...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Alynne Mendonça Saraiva, Maria de Oliveira Ferreira Filha, Maria Djair Dias
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Goias 2017-05-01
Series:Revista Eletrônica de Enfermagem
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.ufg.br/fen/article/view/46777
Description
Summary:O crescimento de práticas terapêuticas não alopáticas em saúde mental é uma forma diferenciada de cuidar dos que sofrem de transtorno psíquico, já que os serviços oficiais de saúde ainda não são suficientes para garantir um atendimento adequado nessa área. Nesse estudo, objetivamos conhecer as histórias das cuidadoras da rede informal de saúde que usam práticas não alopáticas no cuidado com a saúde mental. Utilizamos, para isso, o método de história oral temática. Foram entrevistadas nove cuidadoras que trabalham no Centro Holístico da Mulher – AFYA, no município de João Pessoa – PB, no período de maio a agosto de 2007. Dentre os principais resultados, observamos que algumas das cuidadoras se aproximaram dessas práticas devido a sofrimentos vivenciados e à necessidade de aprendizado e socialização. De acordo com elas, a maioria das pessoas busca essas práticas terapêuticas quando não encontram respostas satisfatórias no sistema de saúde formal. As cuidadoras perceberam mudanças no estado de saúde daqueles que utilizaram as práticas, relatando que, através do resgate da auto-estima, essas pessoas reconstruíram suas identidades. Esclarecemos que as práticas não alopáticas não são uma alternativa ao modelo biomédico, já que possuem próprios métodos de diagnósticos e tratamentos, mas podem sim estar num eixo de complementariedade.
ISSN:1518-1944