A percepção de secretários municipais de saúde sobre a gestão do trabalho e da educação na rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS)
Resumo O artigo apresenta resultados de pesquisa empírica com secretários municipais de saúde de microrregião do Paraná, e tem por objetivo analisar os mecanismos da gestão do trabalho e da educação em saúde durante a implantação das redes de atenção básica na região. Utilizamos método integrado qua...
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doaj-91c9f2081c0b40f08372f015815c10f82020-11-25T01:51:51ZengUniversidade de São PauloSaúde e Sociedade1984-047026238239610.1590/s0104-12902017166359S0104-12902017000200382A percepção de secretários municipais de saúde sobre a gestão do trabalho e da educação na rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS)Sônia Cristina VermelhoGustavo FigueiredoResumo O artigo apresenta resultados de pesquisa empírica com secretários municipais de saúde de microrregião do Paraná, e tem por objetivo analisar os mecanismos da gestão do trabalho e da educação em saúde durante a implantação das redes de atenção básica na região. Utilizamos método integrado quali-quantitativo com questionário e entrevistas semiestruturadas realizadas com 24 gestores. O material foi transcrito, categorizado e analisado com o método de análise de conteúdo temático. Os resultados indicaram concepção reduzida quanto à gestão do trabalho e da educação, entendidos como processos autônomos entre si, limitada à oferta de cursos, sem uma compreensão das possibilidades de gestão integrada de educação e trabalho. Prevalece uma visão de gestão do setor público baseada no gerencialismo e na performatividade, consideradas tecnologias políticas neoliberais. Resultados apontam que, na percepção dos secretários municipais de saúde, as principais dificuldades para a implementação de ações educativas são: logística tempo/espaço para articular trabalho e formação, falta de interesse dos trabalhadores, determinantes externos de natureza política/jurídica. Entre os incentivos para a formação dos profissionais, surge majoritariamente a questão financeira, o que em momentos de crise econômica é preocupante, pois pode revelar paralisia nessas práticas de formação profissional. É preciso considerar, ainda, a existência de lacuna entre debate teórico no campo da educação em saúde e a discrepante realidade encontrada nesses municípios. Conclui-se indicando que, apesar de haver consenso da importância da educação em saúde para a qualidade da atenção e organização do processo de trabalho nos serviços de saúde, existe ainda longo caminho a percorrer para aprimorar a gestão pública dessas ações no Sistema Único de Saúde.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902017000200382&lng=en&tlng=enHealth EducationHealth WorkManagementPublic Health |
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Resumo O artigo apresenta resultados de pesquisa empírica com secretários municipais de saúde de microrregião do Paraná, e tem por objetivo analisar os mecanismos da gestão do trabalho e da educação em saúde durante a implantação das redes de atenção básica na região. Utilizamos método integrado quali-quantitativo com questionário e entrevistas semiestruturadas realizadas com 24 gestores. O material foi transcrito, categorizado e analisado com o método de análise de conteúdo temático. Os resultados indicaram concepção reduzida quanto à gestão do trabalho e da educação, entendidos como processos autônomos entre si, limitada à oferta de cursos, sem uma compreensão das possibilidades de gestão integrada de educação e trabalho. Prevalece uma visão de gestão do setor público baseada no gerencialismo e na performatividade, consideradas tecnologias políticas neoliberais. Resultados apontam que, na percepção dos secretários municipais de saúde, as principais dificuldades para a implementação de ações educativas são: logística tempo/espaço para articular trabalho e formação, falta de interesse dos trabalhadores, determinantes externos de natureza política/jurídica. Entre os incentivos para a formação dos profissionais, surge majoritariamente a questão financeira, o que em momentos de crise econômica é preocupante, pois pode revelar paralisia nessas práticas de formação profissional. É preciso considerar, ainda, a existência de lacuna entre debate teórico no campo da educação em saúde e a discrepante realidade encontrada nesses municípios. Conclui-se indicando que, apesar de haver consenso da importância da educação em saúde para a qualidade da atenção e organização do processo de trabalho nos serviços de saúde, existe ainda longo caminho a percorrer para aprimorar a gestão pública dessas ações no Sistema Único de Saúde. |
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