O ato classificatório e modelos de nomeação de "transtornos mentais": uma abordagem socioantropológica / The Classification Act and Mental Disorders Labeling Models: A Socio-anthropological Approach
Este artigo objetiva discutir o ato classificatório dos ditos transtornos mentais, a partir da abordagem de teóricos situados na perspectiva social-estruturalista, na Antropologia e na Sociologia da Saúde, no sentido de compreender como são utilizados os manuais nosológicos atuais como formas de con...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal do Ceará
2019-01-01
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Series: | Revista de Psicologia |
Online Access: | http://www.periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/33681 |
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doaj-911928f9e5f246e9bbbcc3a7c9cf6f7f2021-07-02T21:11:13ZengUniversidade Federal do CearáRevista de Psicologia0102-12222179-17402019-01-0110113214733681O ato classificatório e modelos de nomeação de "transtornos mentais": uma abordagem socioantropológica / The Classification Act and Mental Disorders Labeling Models: A Socio-anthropological ApproachAntonio Cristian Saraiva Paiva0Selma Gomes da Silva1Universidade Federal do CearáUniversidade Federal do AmapáEste artigo objetiva discutir o ato classificatório dos ditos transtornos mentais, a partir da abordagem de teóricos situados na perspectiva social-estruturalista, na Antropologia e na Sociologia da Saúde, no sentido de compreender como são utilizados os manuais nosológicos atuais como formas de configurações clínicas das doenças psíquicas. A problemática compõe as seguintes questões norteadoras: Como explicar o ato de classificar? De onde vem essa prática humana? É comum a todas as culturas? Faz parte de uma lógica apriorística da mente humana ou é uma habilidade baseada na realidade empírica e social? O que revela dos mecanismos de distinção e de distribuição de poder num grupo? Para responder a essas questões foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa-descritiva, com uso de pesquisa bibliográfica, consulta documental, observação sistemática e uso de entrevistas com escuta de narrativas de docentes de ensino básico no Estado do Amapá, com experiências de sofrimento e adoecimento psíquico. Foram consultados 822 prontuários clínicos e entrevistados, além de docentes, técnicos da equipe multidisciplinar e gestores escolares. Com base em discussões teóricas e em dados construídos, entendemos que a tendência classificatória, em saúde mental, pode ser útil como instrumental técnico-cientifico para facilitar o processo de tratamento, porém se realizado com muito cuidado e parcimônia, caso contrário, poderá fornecer bases para a estigmatização social de pessoas.http://www.periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/33681 |
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Antonio Cristian Saraiva Paiva Selma Gomes da Silva |
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0102-1222 2179-1740 |
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Este artigo objetiva discutir o ato classificatório dos ditos transtornos mentais, a partir da abordagem de teóricos situados na perspectiva social-estruturalista, na Antropologia e na Sociologia da Saúde, no sentido de compreender como são utilizados os manuais nosológicos atuais como formas de configurações clínicas das doenças psíquicas. A problemática compõe as seguintes questões norteadoras: Como explicar o ato de classificar? De onde vem essa prática humana? É comum a todas as culturas? Faz parte de uma lógica apriorística da mente humana ou é uma habilidade baseada na realidade empírica e social? O que revela dos mecanismos de distinção e de distribuição de poder num grupo? Para responder a essas questões foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa-descritiva, com uso de pesquisa bibliográfica, consulta documental, observação sistemática e uso de entrevistas com escuta de narrativas de docentes de ensino básico no Estado do Amapá, com experiências de sofrimento e adoecimento psíquico. Foram consultados 822 prontuários clínicos e entrevistados, além de docentes, técnicos da equipe multidisciplinar e gestores escolares. Com base em discussões teóricas e em dados construídos, entendemos que a tendência classificatória, em saúde mental, pode ser útil como instrumental técnico-cientifico para facilitar o processo de tratamento, porém se realizado com muito cuidado e parcimônia, caso contrário, poderá fornecer bases para a estigmatização social de pessoas. |
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