Summary: | Face às mudanças que atingem as sociedades contemporâneas, num cenário de crise socioecológica, globalização assimétrica e desterritorialização, nas últimas duas décadas, a pesquisa interdisciplinar tem detectado o surgimento de dinâmicas exitosas de reterritorialização. Elas exprimem um processo inovador de organização coletiva em rede, que muitas vezes parecem convergir com os princípios básicos do enfoque de desenvolvimento territorial sustentável (DTS). Neste sentido, em nosso País, vêm se destacando as experiências obtidas com a formação de redes de agroecologia e de economia solidária, além de sistemas produtivos localizados (SPL) e agrovilas. Além de impulsionarem a formação de novas sociabilidades, essas inovações sociotécnicas estão associadas a processos de inclusão social, de internalização da lógica da reciprocidade e de construção da cidadania ambiental. No entanto, as evidências disponíveis indicam que elas permanecem ainda embrionárias, fragmentadas e sem sintonia com as exigências de construção de dinâmicas de desenvolvimento, ao mesmo tempo territorializadas e ecologicamente viáveis. Com base nesse cenário, o texto oferece uma análise do padrão de atuação da Rede Ecovida de Agroecologia, no contexto específico da Zona Costeira Catarinense. O enfoque analítico foi baseado na metodologia de análise de redes sociais (ARS) aplicada à avaliação prospectiva de estratégias de DTS.
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