O que querem os personagens de Alameda?
Alameda (1963), de Astrid Cabral, é um livro composto por vinte contos, nos quais os protagonistas causam certo estranhamento no leitor (um grão de feijão; a terra de uma praça; uma cerca de madeira; etc.). Os narradores dos contos, quando em primeira pessoa, pertencem ao mundo vegetal. Suas sensaçõ...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Santa Catarina
2019-11-01
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Series: | Anuário de Literatura |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/61407 |
Summary: | Alameda (1963), de Astrid Cabral, é um livro composto por vinte contos, nos quais os protagonistas causam certo estranhamento no leitor (um grão de feijão; a terra de uma praça; uma cerca de madeira; etc.). Os narradores dos contos, quando em primeira pessoa, pertencem ao mundo vegetal. Suas sensações, anseios e vivências nos são relatados a partir de suas próprias vozes. E, quando em terceira pessoa, eles, muitas vezes, posicionam-se no mesmo nível dos personagens, recorrendo, em alguns casos, ao estilo indireto livre, como no conto “A orquídea de exposição”, por exemplo. Neste tipo de construção, realiza-se um processo de acercamento entre o humano e o vegetal, apresentando narradores com pontos de vista que podem ser considerados como híbridos, pois transitam entre os dois mundos. Levando em conta as particularidades dos personagens, buscou-se, neste estudo, estabelecer um processo de aproximação/distanciamento entre estes e o que é tido como concernente ao humano, o qual deu origem à questão que intitula este texto: O que querem os personagens de Alameda? Uma tentativa de resposta foi elaborada a partir do conceito de concepção de um projeto de existência, presente nos escritos do filósofo francês Jean-Paul Sartre, pertencente à escola existencialista, considerando, de forma pontual, dois elementos narrativos: o tempo e o espaço. |
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ISSN: | 1414-5235 2175-7917 |