Summary: | This study aims at presenting differences in the historical background of cooperative systems as well as comparing cooperative legislation, internal organization and the organization of the Brazilian and the German cooperative systems, highlighting similarities and differences between them. The study was conducted by means of bibliographic research and content analysis of documents. In Germany, cooperatives arose from the organization of impoverished sectors of the population as a form of mutual aid in order to improve their social and economic condition. Currently, around 95% of the primary sector and 35% of the financial sector are organized into cooperatives. In the secondary sector, cooperatives are not significantly present. However, housing and consumer cooperatives are expressive and in the past few years an increase in the number of service cooperatives has been observed. In Brazil, the first cooperatives appeared as a form of mutual aid, but only after 1960 does a massive growth of cooperatives occur. They were fostered by the government, most of all in agriculture, thus consolidating agribusiness. In the past few years, the number of cooperatives rises in sectors such as health care, education and services. While in Germany cooperatives prioritize the economic sphere and are autonomously organized without government intervention, in Brazil cooperatives also play an important social role and seek their autonomy.<br>Este trabalho objetiva apresentar diferenças na constituição histórica dos sistemas cooperativistas, bem como comparar a legislação cooperativista, a organização interna e a organização dos sistemas cooperativistas alemão e brasileiro, destacando semelhanças e diferenças entre os mesmos. O estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica e análise de conteúdo de fontes documentais. Na Alemanha o cooperativismo surgiu pela organização de setores empobrecidos da população, enquanto auxílio mútuo para melhorar sua condição social e econômica. Atualmente, cerca de 95% do setor primário e 35% do setor financeiro organizam-se de forma cooperativada. No setor secundário o cooperativismo não tem fixação significativa. Já as cooperativas habitacionais e de consumo são expressivas e nos últimos anos, observa-se um crescimento de cooperativas na área de prestação de serviços. No Brasil, as primeiras cooperativas surgiram como forma de auxílio mútuo, mas é pós-1960 que há um crescimento massivo de cooperativas. Elas foram fomentadas pelo Estado, sobretudo na agricultura, consolidando o agronegócio. Nos últimos anos a quantidade de cooperativas ascende em setores como saúde, educação e serviços. Enquanto na Alemanha as cooperativas privilegiam a dimensão econômica e são organizadas de forma autônoma, sem ingerência do Estado, no Brasil as cooperativas têm também uma importante função social e têm buscado sua autonomia.
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