A fala e a escrita na concepção de linguagem de Rousseau
A história da linguagem adquire ao longo do Ensaio sobre a origem das línguas o andamento de uma queda acelerada na corrupção. Há uma língua primitiva que se degenera e se altera: um processo de formação e uma deformação. À medida que Rousseau identifica em suas reflexões – seja na origem seja na es...
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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
2019-06-01
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doaj-8dbef6b3b5364296b4328f3d1b3967712020-11-25T00:41:59ZporUniversidade Federal do Recôncavo da BahiaGriot: Revista de Filosofia2178-10362178-10362019-06-01192415010.31977/grirfi.v19i2.987987A fala e a escrita na concepção de linguagem de RousseauMauro Dela Bandera Arco Júnior0Universidade de São Paulo (USP)A história da linguagem adquire ao longo do Ensaio sobre a origem das línguas o andamento de uma queda acelerada na corrupção. Há uma língua primitiva que se degenera e se altera: um processo de formação e uma deformação. À medida que Rousseau identifica em suas reflexões – seja na origem seja na estrutura – música e linguagem, a perda de força expressiva que se verifica nas línguas acomete também a música e estas duas corrupções caminham juntas, de modo que ambas se afastam da língua musicada ou da palavra cantada do início. A corrupção da música e das línguas corresponde ao apagamento de sua potência expressiva e refere-se a uma autonomização da harmonia artificial, ao aumento das consoantes, das articulações, da racionalidade, da prática da escrita, bem como ao desenvolvimento histórico, político, econômico e social. Todos estes processos devem ser levados em consideração numa análise sobre as línguas e a linguagem. Todavia, é possível isolar metodologicamente cada um deles. Dito isto, propomos neste artigo investigar o papel da escrita no processo de corrupção e degeneração das línguas.https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/987Rousseau; Musica; Língua; Escrita. |
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A história da linguagem adquire ao longo do Ensaio sobre a origem das línguas o andamento de uma queda acelerada na corrupção. Há uma língua primitiva que se degenera e se altera: um processo de formação e uma deformação. À medida que Rousseau identifica em suas reflexões – seja na origem seja na estrutura – música e linguagem, a perda de força expressiva que se verifica nas línguas acomete também a música e estas duas corrupções caminham juntas, de modo que ambas se afastam da língua musicada ou da palavra cantada do início. A corrupção da música e das línguas corresponde ao apagamento de sua potência expressiva e refere-se a uma autonomização da harmonia artificial, ao aumento das consoantes, das articulações, da racionalidade, da prática da escrita, bem como ao desenvolvimento histórico, político, econômico e social. Todos estes processos devem ser levados em consideração numa análise sobre as línguas e a linguagem. Todavia, é possível isolar metodologicamente cada um deles. Dito isto, propomos neste artigo investigar o papel da escrita no processo de corrupção e degeneração das línguas. |
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