Summary: | Este artigo constitui uma primeira abordagem das práticas de nomeação em Portugal na Época Moderna, procurando, com base em diferentes tipos de fontes (processos da Inquisição de Lisboa, róis de confessados e listas das companhias de ordenanças), reconstituir a emergência, a partir do século XVI, de um modelo baseado na combinação de nomes próprios (pessoais) e de nomes de família, ou apelidos, transmissíveis de geração em geração. Este processo, que é situado numa perspectiva temporal mais longa (desde a época romana), parece sugerir alguma especificidade dos modelos ibéricos no contexto europeu.<br>This article is a first attempt at reconstructing naming practices in early modern Portugal. Different kinds of sources (Inquisition records and local census materials, both ecclesiastical and military) are used to trace the emergence, in the Sixteenth Century, of a model based on the combination of personal names and family names, transmissible from one generation to the next. This process is analyzed within a broader time-frame (from the Roman period), and appears to indicate the specificity of Iberian models within the European context.
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