Summary: | A manipulação de medicamentos magistrais possui como objetivo fundamental o atendimento a necessidades individuais, configurando sua personalização, seja em termos da dose terapêutica, forma farmacêutica adequada para uso, ausência de insumos farmacêuticos para pacientes com histórico de intolerância, entre outras justificativas técnicas. O presente estudo avaliou a característica magistral, no que se refere à individualização da dose, das cápsulas de uso oral/monodroga contendo insumo farmacêutico ativo (IFA) constante da Portaria SVS/MS nº 344/98, manipuladas pelas farmácias comunitárias de Nova Friburgo (RJ), por meio de pesquisa documental. Foram avaliados os registros do mês de novembro de 2006 dos livros de receituário das farmácias com Autorização Especial concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), totalizando 12.253 fórmulas; 22% deste total preenchiam os critérios de inclusão do estudo. Os resultados da investigação nos permitiram concluir que havia baixa frequência de medicamentos manipulados em doses individualizadas, somente 34%, em média, possuíam doses diferentes das doses padronizadas nas especialidades farmacêuticas disponíveis no mercado brasileiro, o que os descaracterizariam como medicamentos magistrais, personalizados. Nesse sentido, os resultados do estudo nos apontam para a necessidade de uma avaliação de risco criteriosa, que justifique a manipulação de medicamentos realmente magistrais.
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