Representação, partidos e sociedade civil na Argentina e no Brasil
Este artigo questiona se as organizações da sociedade civil (OSCs) podem e cumprem o papel de exercer uma função de representação em tempos de crise dos partidos políticos. Para tanto, ele examina práticas recentes de representação no Brasil e na Argentina, dois países onde os partidos políticos têm...
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Universidade Federal da Bahia - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - Centro de Recursos Humanos
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doaj-8d54a972584844bb983c97b2c0b6c3192020-11-25T02:45:37ZengUniversidade Federal da Bahia - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - Centro de Recursos HumanosCaderno CRH1983-82392152476610.1590/S0103-49792008000100005S0103-49792008000100005Representação, partidos e sociedade civil na Argentina e no BrasilKathryn Hochstetler0Elisabeth Jay Friedman1Universidade do Novo MéxicoUniversidade São FranciscoEste artigo questiona se as organizações da sociedade civil (OSCs) podem e cumprem o papel de exercer uma função de representação em tempos de crise dos partidos políticos. Para tanto, ele examina práticas recentes de representação no Brasil e na Argentina, dois países onde os partidos políticos têm experimentado crises agudas depois de décadas de avaliações ambíguas a respeito de seus sistemas partidários. Em tais momentos, qualquer substituição de partidos por OSCs deveria ser facilmente identificável. Inicialmente, examinam-se as funções e o potencial de representação das OSCs, usando o modelo de partido político como referência. Em seguida, argumenta-se a partir de surveys já publicados e pesquisa de campo inédita, numa comparação focada em quão bem os partidos e OSCs têm desempenhado suas funções públicas e organizacionais no Brasil e na Argentina. A conclusão é a de que as OSCs não substituem os partidos como mecanismos de representação de interesses e valores dos cidadãos - e nem ao menos tentam fazer isso, exceto por um breve período, no auge da crise na Argentina. Em ambos os países, porém, as OSCs melhoram a qualidade de representação dos cidadãos.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792008000100005&lng=en&tlng=enrepresentationcivil societyBrazilArgentinapolitical parties |
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Este artigo questiona se as organizações da sociedade civil (OSCs) podem e cumprem o papel de exercer uma função de representação em tempos de crise dos partidos políticos. Para tanto, ele examina práticas recentes de representação no Brasil e na Argentina, dois países onde os partidos políticos têm experimentado crises agudas depois de décadas de avaliações ambíguas a respeito de seus sistemas partidários. Em tais momentos, qualquer substituição de partidos por OSCs deveria ser facilmente identificável. Inicialmente, examinam-se as funções e o potencial de representação das OSCs, usando o modelo de partido político como referência. Em seguida, argumenta-se a partir de surveys já publicados e pesquisa de campo inédita, numa comparação focada em quão bem os partidos e OSCs têm desempenhado suas funções públicas e organizacionais no Brasil e na Argentina. A conclusão é a de que as OSCs não substituem os partidos como mecanismos de representação de interesses e valores dos cidadãos - e nem ao menos tentam fazer isso, exceto por um breve período, no auge da crise na Argentina. Em ambos os países, porém, as OSCs melhoram a qualidade de representação dos cidadãos. |
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