EVIDÊNCIAS CLÍNICAS DE CAMPO DE CANCERIZAÇÃO ASSOCIADO ÀS QUERATOSES ACTÍNICAS - DADOS DA MICROSCOPIA CONFOCAL
Introdução: As queratoses actínicas são lesões displásicas de queratinócitos confinadas à epiderme causadas por exposição crónica a radiação UV, consideradas percursoras de carcinoma espinocelular. Calcula-se que as áreas de pele adjacentes às queratoses actínicas, de aspeto aparentemente normal, t...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia
2015-07-01
|
Series: | Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia |
Subjects: | |
Online Access: | https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/view/370 |
Summary: | Introdução: As queratoses actínicas são lesões displásicas de queratinócitos confinadas à epiderme causadas por exposição crónica a radiação UV, consideradas percursoras de carcinoma espinocelular. Calcula-se que as áreas de pele adjacentes às queratoses actínicas, de aspeto aparentemente normal, tenham o mesmo potencial para evoluir para carcinoma espinocelular, o que conduziu ao conceito de “campo de cancerização” da pele. O objetivo deste estudo foi analisar alterações morfológicas dos queratinócitos em zonas de superfície cutânea com queratoses actínicas e adjacentes através da técnica de microscopia confocal a laser, e validar assim o conceito de campo de cancerização aplicado à pele.
Material e Métodos: Estudo observacional realizado em quatro doentes. Nove lesões de queratoses actínicas e quatro locais de pele clinicamente normal adjacentes situadas a 1 cm das lesões foram analisados por microscopia confocal a laser. A discriminação entre a pele fotolesionada e a pele normal foi feita com base nos critérios morfológicos de microscopia confocal descritos na literatura.
Resultados: Foram observados quatro dos critérios de diagnóstico considerados em 55% das lesões de queratoses actínicas analisadas, bem como a presença de queratinócitos atípicos e de células inflamatórias em todas as áreas de pele adjacente (‘campo de cancerização’) analisadas.
Conclusões: Os resultados obtidos validam o conceito de ‘campo de cancerização’ aplicado à pele, demonstrando haver alterações subclínicas em pele normal adjacente às lesões. Legitimam, por outro lado, a técnica de microscopia confocal para a deteção in vivo de alterações de dano actínico em pele aparentemente normal. À semelhança das queratoses actínicas, estas áreas devem ser vigiadas e tratadas o mais precocemente possível.
|
---|---|
ISSN: | 2182-2395 2182-2409 |