GEOMORFOLOGIA, SEDIMENTAÇÃO E PROCESSOS ATUANTES NA LAGOA DE MARICÁ, RIO DE JANEIRO

<p align="center"><strong><em>Geomorphology, sedimentation and processes in the Maricá Lagoon, Rio de Janeiro</em></strong></p><p align="center"><strong> </strong></p><p align="center"><strong> <...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Carolina Pereira Silvestre, André Luiz Carvalho da Silva, Maria Augusta Martins da Silva, José Antônio Baptista Neto, Sérgio Cadena de Vasconcelos
Format: Article
Language:English
Published: União da Geomorfologia Brasileira 2017-05-01
Series:Revista Brasileira de Geomorfologia
Subjects:
Online Access:http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/1111
Description
Summary:<p align="center"><strong><em>Geomorphology, sedimentation and processes in the Maricá Lagoon, Rio de Janeiro</em></strong></p><p align="center"><strong> </strong></p><p align="center"><strong> </strong></p><p><strong>RESUMO</strong></p>A Lagoa de Maricá no município de Maricá, estado do Rio de Janeiro, integra um sistema barreira-laguna formado no Pleistoceno. A geologia desta laguna é pouco conhecida, assim que, este trabalho objetiva a caracterização de sua morfologia e sedimentação, bem como, o entendimento da dinâmica atuante neste ambiente. Para tal, foram adquiridos dados de batimetria e coletadas 72 amostras de sedimentos das margens e fundo lagunar. Diversas análises foram realizadas, tais como: granulometria, morfoscopia (arredondamento e brilho), composição e teor de matéria orgânica dos sedimentos. Os resultados mostram que a Lagoa de Maricá apresenta uma morfologia de fundo predominantemente plano, com profundidade máxima de 2 m na sua porção central. A partir da linha d’água a profundidade aumenta gradualmente, porém de forma diferenciada entre as margens norte e sul: a margem norte apresenta um perfil suave em direção ao fundo, enquanto que a borda sul é mais íngreme. A profundidade na margem norte atinge 1,5 m (onde ocorre a mudança de sedimentos predominantemente arenosos para areias lamosas) a uma distância que varia de 320 a 720 m a partir da linha d’água, enquanto na margem sul essa mesma profundidade é alcançada entre 160 e 300 m. A sedimentação do fundo lagunar é composta predominantemente por silte arenoso e areia siltosa, introduzidos na Lagoa de Maricá pelos rios. No setor nordeste ocorre o acúmulo de areia siltosa (e argila) depositada na forma de um delta pelo Rio Mumbuca. A margem lagunar norte é formada por areia cascalhosa e cascalho arenoso pobremente selecionado, provenientes da erosão dos afloramentos Pré-Cambrianos e da urbanização no entorno desta laguna. A margem junto a restinga é constituída por areia grossa e média moderadamente bem selecionadas, semelhante à das barreiras. De modo geral, as areias são quartzosas com presença de feldspato, micas, minerais pesados, além de conchas e fragmentos de conchas; há diferenças marcantes no grau de arredondamento entre as areias da margem sul, muito mais arredondadas do que as da margem norte, que são mais angulares. Os ventos de tempestade e o processo de transposição de ondas tem sido ao longo do tempo os responsáveis pelo transporte de areias das barreiras para a laguna; os ventos também geram ondas capazes de retrabalhar os sedimentos das margens e do fundo. A descarga fluvial, os ventos fortes e as ondas são os principais processos responsáveis pela dinâmica sedimentar recente, e ocasionam a distribuição dos vários tipos de sedimentos observados na Lagoa de Maricá.
ISSN:1519-1540
2236-5664