Quando o dragão assume o lugar do cavalo: um caráter pós-colonialista na obra criolla de Xul Solar
A figura de são Jorge na luta contra o dragão, que tanto aparece nas pinturas de Kandinsky, funcionava como um xamã guerreiro e curador dos males da sociedade moderna. Xul Solar, representante da vanguarda criolla argentina, na crença de que a América, com seus sistemas de mitos e crenças, revelava...
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Associação Nacional de História (ANPUH)
2012-01-01
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doaj-8a5396f1efcc4fb6ad3018646f18947f2020-11-24T21:23:15ZengAssociação Nacional de História (ANPUH)Revista Brasileira de História1806-93472012-01-01326336138010.1590/S0102-01882012000100017S0102-01882012000100017Quando o dragão assume o lugar do cavalo: um caráter pós-colonialista na obra criolla de Xul SolarMaria Bernardete Ramos Flores0Universidade Federal de Santa CatarinaA figura de são Jorge na luta contra o dragão, que tanto aparece nas pinturas de Kandinsky, funcionava como um xamã guerreiro e curador dos males da sociedade moderna. Xul Solar, representante da vanguarda criolla argentina, na crença de que a América, com seus sistemas de mitos e crenças, revelava um espaço espiritual, no qual se desenvolveria a nova humanidade, toma o dragão para subverter os fluxos da colonização. Na aquarela Drago, de 1927, tida como a melhor representação de sua utopia de unidade latino-americana, um dragão engalanado pelas bandeiras da América Latina desliza por sobre o mar em direção à Europa, saudado pelas bandeiras das Metrópoles. O homem montado no dragão segura um bastão encimado por um triângulo (que para Kandinsky era o símbolo da vida espiritual), para levar ao Velho Mundo a mensagem do Mundo Novo.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882012000100017&lng=en&tlng=enmito da serpentedeus e códicespós-colonialismo |
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A figura de são Jorge na luta contra o dragão, que tanto aparece nas pinturas de Kandinsky, funcionava como um xamã guerreiro e curador dos males da sociedade moderna. Xul Solar, representante da vanguarda criolla argentina, na crença de que a América, com seus sistemas de mitos e crenças, revelava um espaço espiritual, no qual se desenvolveria a nova humanidade, toma o dragão para subverter os fluxos da colonização. Na aquarela Drago, de 1927, tida como a melhor representação de sua utopia de unidade latino-americana, um dragão engalanado pelas bandeiras da América Latina desliza por sobre o mar em direção à Europa, saudado pelas bandeiras das Metrópoles. O homem montado no dragão segura um bastão encimado por um triângulo (que para Kandinsky era o símbolo da vida espiritual), para levar ao Velho Mundo a mensagem do Mundo Novo. |
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