Summary: | Resumo O desembarque da família real ao Rio de Janeiro, em 1808, deu início a significativo processo de modernização da cidade, impulsionado, entre outras razões, pela necessidade de redefinir seu cenário urbano, pela institucionalização da imprensa e pela presença de estrangeiros de diversas nacionalidades - especialmente após o Tratado de Paz de 1814 que, entre outras medidas, retomou as relações da França com os países europeus e suas respectivas colônias. Neste palco, muitos foram os franceses que vieram para o Rio de Janeiro e instalaram seus diferentes negócios pelas ruas da capital imperial, sobretudo os negócios tipográficos. Seja como proprietários de casas de impressão e/ou livrarias, tais franceses participaram ativamente do mundo dos impressos no Rio imperial, uma vez que se envolveram com a produção e venda de livros, folhetos, panfletos e periódicos, esses, escritos em língua portuguesa e em língua francesa. Deste modo, o principal objetivo deste artigo é dar a conhecer um pouco desses periódicos franceses produzidos na corte, entre os anos de 1827 e 1896, que fizeram parte da imprensa carioca do Oitocentos, para o que listaremos, a partir dos textos dos editoriais de suas primeiras edições, os argumentos dos editores para a produção desses impressos e os principais assuntos que estes editores afirmaram querer abordar em seus respectivos periódicos.
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