Summary: | O presente artigo tem como objetivo esclarecer diferenças entre o Português Brasileiro (PB) e o Português Europeu (PE) quanto aos mecanismos que regem a retomada do tópico em posição de sujeito. Tivemos como base teórica os pressupostos do Programa Minimalista da Teoria Gerativa (CHOMSKY, 1995, 1999, 2001). Após levantamento de dados reais de fala, analisamos as ocorrências à luz de trabalhos como os de Duarte (1993, 1995); Kato, Duarte, Cyrino e Berlinck (2006); Barbosa (1995, 2006); e Costa (2010, 2012). Em seguida, investigamos que propriedades morfossintáticas e/ou semânticas poderiam regular as diferenças encontradas. Os dados da análise foram extraídos de duas fontes para a década de 1970: o livro de inquéritos transcritos do Projeto Norma Urbana Culta (NURC) e os inquéritos disponibilizados online pela Universidade de Lisboa através do Centro de Referência do Português Contemporâneo (CRPC). Para a década de 2010, os corpora foram constituídos a partir de entrevistas concedidas por falantes brasileiros e portugueses a telejornais de suas respectivas regiões. Com este trabalho, concluímos que, conforme defendido por Costa (2010), as diferenças encontradas para a retomada de tópico em posição de sujeito decorrem de propriedades flexionais de cada variedade, não de condições discursivas, como defendido por outros autores.
|