Summary: | Este trabalho visa a construir algumas memórias do turfe praticado no hipódromo da cidade do Rio Grande/RS. Colonizada por imigrantes europeus, a cidade produziu um estilo de vida à moda daquele continente, sendo o turfe no hipódromo uma marca dessa presença no cenário esportivo. Com base na história oral, foram realizadas quatro entrevistas com pessoas que ocuparam diferentes posições de trabalho entre as décadas de 60 e 90 do século XX: um jóquei, um treinador, um tesoureiro e um dos presidentes. Nessa construção foi possível apontar que: a) o hipódromo é considerado como uma espécie de templo para os depoentes, algo sagrado que se confunde com suas próprias vidas; b) no funcionamento do hipódromo, aconteciam duas práticas distintas: a corrida e a aposta; c) o seu fechamento esteve vinculado a fatores que iam desde a falência econômica do local, até a midiatização do turfe com novos formatos de apostas.
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