Um país que começava a acabar enquanto outro acabava de começar: Bye bye Brasil
Esta análise do filme Bye bye Brasil (1979), dirigido por Cacá Diegues, tem por objetivo compreender como se deu a interação entre seu diretor e a política cultural do Estado no Brasil da década de 1970. De um lado, tinha-se um cineasta identificado com a perspectriva cultural nacionalista e autoral...
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Editora da Universidade Federal de Uberlândia
2017-03-01
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Series: | ArtCultura |
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doaj-88ad8c2a144f49dd95863faddbd539942020-11-25T03:07:29ZengEditora da Universidade Federal de UberlândiaArtCultura 1516-86032178-38452017-03-01183310.14393/ArtC-V18n33-2016-2-0537949Um país que começava a acabar enquanto outro acabava de começar: Bye bye BrasilEduardo Antonio Lucas PargaEsta análise do filme Bye bye Brasil (1979), dirigido por Cacá Diegues, tem por objetivo compreender como se deu a interação entre seu diretor e a política cultural do Estado no Brasil da década de 1970. De um lado, tinha-se um cineasta identificado com a perspectriva cultural nacionalista e autoral cinema-novista; de outro, um Estado autoritário e também nacionalista, promotor de uma modernização econômica. Nessas circunstâncias, travava-se a disputa pelo predomínio no processo de produção de filmes que estavam envolvidos com questões relativas à identidade nacional. Parte-se aqui do pressuposto de que o campo cinematográfico constitui uma arena de representações de imagens em movimento, disputada por agentes sociais pela obtenção da produção hegemônica das imagens da nação em meio a contradições, que envolviam concepções sobre cultura popular e cultura de massa. O resultado desses embates foi uma rica diversidade cinematográfica da qual Bye bye Brasil representa um caso emblemático. Palavras-chave: Bye bye Brasil; modernização autoritária; identidade nacional.http://www.seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/37949 |
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Esta análise do filme Bye bye Brasil (1979), dirigido por Cacá Diegues, tem por objetivo compreender como se deu a interação entre seu diretor e a política cultural do Estado no Brasil da década de 1970. De um lado, tinha-se um cineasta identificado com a perspectriva cultural nacionalista e autoral cinema-novista; de outro, um Estado autoritário e também nacionalista, promotor de uma modernização econômica. Nessas circunstâncias, travava-se a disputa pelo predomínio no processo de produção de filmes que estavam envolvidos com questões relativas à identidade nacional. Parte-se aqui do pressuposto de que o campo cinematográfico constitui uma arena de representações de imagens em movimento, disputada por agentes sociais pela obtenção da produção hegemônica das imagens da nação em meio a contradições, que envolviam concepções sobre cultura popular e cultura de massa. O resultado desses embates foi uma rica diversidade cinematográfica da qual Bye bye Brasil representa um caso emblemático.
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