Summary: | O presente texto discute as subjetividades do feminino na educação, refletindo a questão histórica a qual coloca a mulher como mais habilitada para a docência que os homens. O texto busca desconstruir o discurso naturalizador referente ao fazer docente, mediante o uso de referencial bibliográfico desde o período imperial brasileiro tendo as questões de gênero, de relações de poder e produção de verdades por via de discursos naturalizadores, como temas centrais discutidos sob a óptica de Michel Foucault. Percebe-se ao longo do texto que as salas de aula, atuais, são ocupadas por maioria de mulheres devido a fatores históricos, por questões de interesse e subjugação no terreno das relações, carregados de sentido sobre os gêneros feminino e as imposições que lhes foram feitas, também o masculino e a negação feita a eles, quando desqualificados para o trabalho docente de forma tão enfática, edificada e solidificada no correr da história. Fatos que perduram até hoje, como os baixos salários e precárias condições de trabalho, continuaram dando à educação o perfil de sacerdócio, amor e maternidade. Diferenças e ambiguidades historicamente postas e que hoje reconhecemos como desnecessárias; assim o presente texto provoca a desconstrução do fazer docente como prática naturalizada, em meio ao entendimento de diferentes discursos e práticas impostas historicamente, essas que acabaram seduzidas e reduzidas ao modelo de professoras ideais.
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