Por uma atenção do cuidado de si na escola em tempos de dispersão hiperconectada
No deslocamento de uma sociedade disciplinar para uma de controle com características de superdesempenho, aceleração e concorrência, este artigo problematiza o conceito da atenção em suas implicações com a educação. Este conceito vem ganhando força desde a modernidade e, mais contemporaneamente, é o...
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Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2019-11-01
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doaj-87066efe83244623950783b6e3faa7452020-11-25T03:18:50ZporUniversidade Federal do Rio Grande do NorteRevista Educação em Questão0102-77351981-18022019-11-015754https://doi.org/10.21680/1981-1802.2019v57n54ID18942Por uma atenção do cuidado de si na escola em tempos de dispersão hiperconectadaMaria Campesato0https://orcid.org/0000-0002-1965-9564Betina Schuler1https://orcid.org/0000-0002-2424-7601UnisinosUniversidade do Vale do Rio dos SinosNo deslocamento de uma sociedade disciplinar para uma de controle com características de superdesempenho, aceleração e concorrência, este artigo problematiza o conceito da atenção em suas implicações com a educação. Este conceito vem ganhando força desde a modernidade e, mais contemporaneamente, é operado como déficit e como um importante valor de mercado. Este ensaio teórico, com inspiração arquegenealógica em Foucault, busca diagnosticar o que estamos nos tornando no presente, quando as escolas são acusadas de não mais conseguirem manter a atenção dos alunos. Avolumam-se as práticas pedagógicas inovadoras, sugerindo estratégias de marketing e de entretenimento como forma de agradar, agora, os alunos-clientes. Todavia, podemos ressaltar o quanto essas mesmas práticas também produzem uma dispersão hiperconectada. Como modo de combate ético e político, optamos por perguntar pela atenção implicada nas práticas educativas a partir do conceito de cuidado de si em Foucault, atravessado por certa conversão do olhar.https://periodicos.ufrn.br/educacaoemquestao/article/view/18942atençãoeducaçãoinovaçãocuidado |
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No deslocamento de uma sociedade disciplinar para uma de controle com características de superdesempenho, aceleração e concorrência, este artigo problematiza o conceito da atenção em suas implicações com a educação. Este conceito vem ganhando força desde a modernidade e, mais contemporaneamente, é operado como déficit e como um importante valor de mercado. Este ensaio teórico, com inspiração arquegenealógica em Foucault, busca diagnosticar o que estamos nos tornando no presente, quando as escolas são acusadas de não mais conseguirem manter a atenção dos alunos. Avolumam-se as práticas pedagógicas inovadoras, sugerindo estratégias de marketing e de entretenimento como forma de agradar, agora, os alunos-clientes. Todavia, podemos ressaltar o quanto essas mesmas práticas também produzem uma dispersão hiperconectada. Como modo de combate ético e político, optamos por perguntar pela atenção implicada nas práticas educativas a partir do conceito de cuidado de si em Foucault, atravessado por certa conversão do olhar. |
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