Prevalência de infecção nosocomial em Unidades de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul The prevalence of nosocomial infection in Intensive Care Units in the State of Rio Grande do Sul

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Determinar a prevalência de infecções adquiridas em UTI e os fatores de risco para estas infecções, identificar os organismos infectantes mais prevalentes, avaliar a relação entre infecção adquirida na UTI e mortalidade. MÉTODO: Estudo de prevalência de um dia. Participara...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Thiago Lisboa, Mario Faria, Jorge A. Hoher, Luis A.A. Borges, Jussara Gómez, Luciele Schifelbain, Fernando S. Dias, João Lisboa, Gilberto Friedman
Format: Article
Language:English
Published: Associação de Medicina Intensiva Brasileira 2007-12-01
Series:Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Subjects:
UTI
ICU
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2007000400002
id doaj-85e1cb349b02488db18371687847cde9
record_format Article
spelling doaj-85e1cb349b02488db18371687847cde92020-11-24T23:00:32ZengAssociação de Medicina Intensiva BrasileiraRevista Brasileira de Terapia Intensiva 0103-507X1982-43352007-12-0119441442010.1590/S0103-507X2007000400002Prevalência de infecção nosocomial em Unidades de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul The prevalence of nosocomial infection in Intensive Care Units in the State of Rio Grande do SulThiago LisboaMario FariaJorge A. HoherLuis A.A. BorgesJussara GómezLuciele SchifelbainFernando S. DiasJoão LisboaGilberto FriedmanJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Determinar a prevalência de infecções adquiridas em UTI e os fatores de risco para estas infecções, identificar os organismos infectantes mais prevalentes, avaliar a relação entre infecção adquirida na UTI e mortalidade. MÉTODO: Estudo de prevalência de um dia. Participaram do estudo 16 UTI do estado do Rio Grande do Sul, excluindo unidades coronarianas ou pediátricas. Todos os pacientes com idade maior que 12 anos, ocupando um leito de UTI por um período de 24h, foram incluídos. As 16 UTI coletaram dados de 174 pacientes. Principais desfechos: taxas de infecção adquirida na UTI, padrões de resistência dos patógenos isolados e fatores potenciais de risco para infecção adquirida na UTI e mortalidade. RESULTADOS: Um total de 122 pacientes (71%) estava infectado, e 51 (29%) adquiriram infecção na UTI. Pneumonia (58,2%), infecção do trato respiratório inferior (22,9%), infecção do trato urinário (18%) foram os tipos mais freqüentes de infecção. Os microorganismos mais relatados foram stafilococos aureus (42% [64% resistentes a oxacilina]) e pseudomonas aeruginosa (31%). Seis fatores de risco foram identificados para infecção adquirida na UTI: cateter urinário, acesso vascular central, intubação traqueal por tempo prolongado (> 4 dias), doença crônica, trauma e internação prolongada na UTI (> 30 dias). Os fatores de risco associados à morte foram idade, APACHE II, falência orgânica e prótese em via aérea com ou sem ventilação mecânica. CONCLUSÕES: A infecção adquirida na UTI é comum e freqüentemente associada a isolados de microorganismos resistentes. Este estudo, apesar de sua abrangência regional, serve de referência epidemiológica para ajudar a programar políticas de controle de infecção.<br>BACKGROUND AND OBJECTIVES: To determine the prevalence of intensive care unit (ICU)-acquired infections and the risk factors for these infections, identify the predominant infecting organisms, and evaluate the relationship between ICU-acquired infection and mortality. METHODS: A 1-day point prevalence study. Sixteen ICU of the State of Rio Grande do Sul-Brazil, excluding coronary care and pediatric units. All patients < 12 yrs occupying an ICU bed over a 24-hour period. The 16 ICU provided 174 case reports. Main outcomes: rates of ICU-acquired infection, resistance patterns of microbiological isolates, and potential risks factors for ICU-acquired infection and death. RESULTS: A total of 122 patients (71%) was infected and 51 (29%) had ICU-acquired infection. Pneumonia (58.2%), lower tract respiratory infection (22.9%), urinary tract infection (18%) were the most frequents types of ICU infection. Most frequently microorganisms reported were staphylococcus aureus (42% [64% resistant to oxacilin]) and pseudomonas aeruginosa (31%). Six risk factors for ICU acquired infection were identified: urinary catheterization, central vascular line, tracheal intubation for prolonged time (> 4 days), chronic disease and increased length of ICU stay (> 30 days). The risks factors associated with death were age, APACHE II, organ dysfunction, and tracheal intubation with or without mechanical ventilation. CONCLUSIONS: ICU-acquired infection is common and often associated with microbiological isolates of resistant organisms. This study may serve as an epidemiological reference to help the discussion of regional infection control policies.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2007000400002epidemiologiainfecçãomortalidadeprevalênciaUTIepidemiologyICUinfectionmortalityprevalence
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Thiago Lisboa
Mario Faria
Jorge A. Hoher
Luis A.A. Borges
Jussara Gómez
Luciele Schifelbain
Fernando S. Dias
João Lisboa
Gilberto Friedman
spellingShingle Thiago Lisboa
Mario Faria
Jorge A. Hoher
Luis A.A. Borges
Jussara Gómez
Luciele Schifelbain
Fernando S. Dias
João Lisboa
Gilberto Friedman
Prevalência de infecção nosocomial em Unidades de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul The prevalence of nosocomial infection in Intensive Care Units in the State of Rio Grande do Sul
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
epidemiologia
infecção
mortalidade
prevalência
UTI
epidemiology
ICU
infection
mortality
prevalence
author_facet Thiago Lisboa
Mario Faria
Jorge A. Hoher
Luis A.A. Borges
Jussara Gómez
Luciele Schifelbain
Fernando S. Dias
João Lisboa
Gilberto Friedman
author_sort Thiago Lisboa
title Prevalência de infecção nosocomial em Unidades de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul The prevalence of nosocomial infection in Intensive Care Units in the State of Rio Grande do Sul
title_short Prevalência de infecção nosocomial em Unidades de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul The prevalence of nosocomial infection in Intensive Care Units in the State of Rio Grande do Sul
title_full Prevalência de infecção nosocomial em Unidades de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul The prevalence of nosocomial infection in Intensive Care Units in the State of Rio Grande do Sul
title_fullStr Prevalência de infecção nosocomial em Unidades de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul The prevalence of nosocomial infection in Intensive Care Units in the State of Rio Grande do Sul
title_full_unstemmed Prevalência de infecção nosocomial em Unidades de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul The prevalence of nosocomial infection in Intensive Care Units in the State of Rio Grande do Sul
title_sort prevalência de infecção nosocomial em unidades de terapia intensiva do rio grande do sul the prevalence of nosocomial infection in intensive care units in the state of rio grande do sul
publisher Associação de Medicina Intensiva Brasileira
series Revista Brasileira de Terapia Intensiva
issn 0103-507X
1982-4335
publishDate 2007-12-01
description JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Determinar a prevalência de infecções adquiridas em UTI e os fatores de risco para estas infecções, identificar os organismos infectantes mais prevalentes, avaliar a relação entre infecção adquirida na UTI e mortalidade. MÉTODO: Estudo de prevalência de um dia. Participaram do estudo 16 UTI do estado do Rio Grande do Sul, excluindo unidades coronarianas ou pediátricas. Todos os pacientes com idade maior que 12 anos, ocupando um leito de UTI por um período de 24h, foram incluídos. As 16 UTI coletaram dados de 174 pacientes. Principais desfechos: taxas de infecção adquirida na UTI, padrões de resistência dos patógenos isolados e fatores potenciais de risco para infecção adquirida na UTI e mortalidade. RESULTADOS: Um total de 122 pacientes (71%) estava infectado, e 51 (29%) adquiriram infecção na UTI. Pneumonia (58,2%), infecção do trato respiratório inferior (22,9%), infecção do trato urinário (18%) foram os tipos mais freqüentes de infecção. Os microorganismos mais relatados foram stafilococos aureus (42% [64% resistentes a oxacilina]) e pseudomonas aeruginosa (31%). Seis fatores de risco foram identificados para infecção adquirida na UTI: cateter urinário, acesso vascular central, intubação traqueal por tempo prolongado (> 4 dias), doença crônica, trauma e internação prolongada na UTI (> 30 dias). Os fatores de risco associados à morte foram idade, APACHE II, falência orgânica e prótese em via aérea com ou sem ventilação mecânica. CONCLUSÕES: A infecção adquirida na UTI é comum e freqüentemente associada a isolados de microorganismos resistentes. Este estudo, apesar de sua abrangência regional, serve de referência epidemiológica para ajudar a programar políticas de controle de infecção.<br>BACKGROUND AND OBJECTIVES: To determine the prevalence of intensive care unit (ICU)-acquired infections and the risk factors for these infections, identify the predominant infecting organisms, and evaluate the relationship between ICU-acquired infection and mortality. METHODS: A 1-day point prevalence study. Sixteen ICU of the State of Rio Grande do Sul-Brazil, excluding coronary care and pediatric units. All patients < 12 yrs occupying an ICU bed over a 24-hour period. The 16 ICU provided 174 case reports. Main outcomes: rates of ICU-acquired infection, resistance patterns of microbiological isolates, and potential risks factors for ICU-acquired infection and death. RESULTS: A total of 122 patients (71%) was infected and 51 (29%) had ICU-acquired infection. Pneumonia (58.2%), lower tract respiratory infection (22.9%), urinary tract infection (18%) were the most frequents types of ICU infection. Most frequently microorganisms reported were staphylococcus aureus (42% [64% resistant to oxacilin]) and pseudomonas aeruginosa (31%). Six risk factors for ICU acquired infection were identified: urinary catheterization, central vascular line, tracheal intubation for prolonged time (> 4 days), chronic disease and increased length of ICU stay (> 30 days). The risks factors associated with death were age, APACHE II, organ dysfunction, and tracheal intubation with or without mechanical ventilation. CONCLUSIONS: ICU-acquired infection is common and often associated with microbiological isolates of resistant organisms. This study may serve as an epidemiological reference to help the discussion of regional infection control policies.
topic epidemiologia
infecção
mortalidade
prevalência
UTI
epidemiology
ICU
infection
mortality
prevalence
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2007000400002
work_keys_str_mv AT thiagolisboa prevalenciadeinfeccaonosocomialemunidadesdeterapiaintensivadoriograndedosultheprevalenceofnosocomialinfectioninintensivecareunitsinthestateofriograndedosul
AT mariofaria prevalenciadeinfeccaonosocomialemunidadesdeterapiaintensivadoriograndedosultheprevalenceofnosocomialinfectioninintensivecareunitsinthestateofriograndedosul
AT jorgeahoher prevalenciadeinfeccaonosocomialemunidadesdeterapiaintensivadoriograndedosultheprevalenceofnosocomialinfectioninintensivecareunitsinthestateofriograndedosul
AT luisaaborges prevalenciadeinfeccaonosocomialemunidadesdeterapiaintensivadoriograndedosultheprevalenceofnosocomialinfectioninintensivecareunitsinthestateofriograndedosul
AT jussaragomez prevalenciadeinfeccaonosocomialemunidadesdeterapiaintensivadoriograndedosultheprevalenceofnosocomialinfectioninintensivecareunitsinthestateofriograndedosul
AT lucieleschifelbain prevalenciadeinfeccaonosocomialemunidadesdeterapiaintensivadoriograndedosultheprevalenceofnosocomialinfectioninintensivecareunitsinthestateofriograndedosul
AT fernandosdias prevalenciadeinfeccaonosocomialemunidadesdeterapiaintensivadoriograndedosultheprevalenceofnosocomialinfectioninintensivecareunitsinthestateofriograndedosul
AT joaolisboa prevalenciadeinfeccaonosocomialemunidadesdeterapiaintensivadoriograndedosultheprevalenceofnosocomialinfectioninintensivecareunitsinthestateofriograndedosul
AT gilbertofriedman prevalenciadeinfeccaonosocomialemunidadesdeterapiaintensivadoriograndedosultheprevalenceofnosocomialinfectioninintensivecareunitsinthestateofriograndedosul
_version_ 1725642073519947776