Comparação do parasitismo da veia central da supra-renal com o de outros tecidos em chagásicos crônicos

Através da análise morfológica e morfométrica de cortes seriados foi estudada a ocorrência de ninhos de T. cruzi na veia central e no parênquima das supra-renais, no miocárdio ventricular esquerdo e na veia cava inferior de chagásicos crônicos. Em 36 casos estudados, 50% apresentavamfleboparasitismo...

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Bibliographic Details
Main Authors: Vicente de Paula Antunes Teixeira, Marlene Antônia dos Reis, Maria Betânia Mahler Araújo, Suzana Aparecida Silveira, Lucelena dos Reis, Hipolito de Oliveira Almeida
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 1991-06-01
Series:Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86821991000200002
Description
Summary:Através da análise morfológica e morfométrica de cortes seriados foi estudada a ocorrência de ninhos de T. cruzi na veia central e no parênquima das supra-renais, no miocárdio ventricular esquerdo e na veia cava inferior de chagásicos crônicos. Em 36 casos estudados, 50% apresentavamfleboparasitismo supra-renálico (total 29 ninhos); 3,1% apresentavamparasitismo na veia cava (apenas 1 ninho) e em 16,8% dos casos encontramos miocardiócitos parasitados (total 23 ninhos). A densidade de parasitismo, expressa em número de ninhos por 100mm² de tecido examinado, foi de 0,585 para a veia supra-renálica, de 0,001 para a veia cava e 0,01 para o miocárdio. Em 269.103,1mm² deparênquima supra-renálico não encontramos nenhum ninho. Embora tenha sido a menor área examinada, a veia central apresentou a maior freqüência de ninhos de T. cruzi. Como a diferença básica entre estes tecidos está na riqueza de corticóides no sangue que nutre a veia central, podemos admitir que esta prevalência talvez seja devido ao ambiente hormonal, que por seu efeito imunossupressoreanti-inflamatório favoreceria a sobrevida dos parasitas.<br>By morphological and morphometric analyses of serial sections the occurrence of T. cruzi nests in the central vein and in the parenchyma of adrenal glands, in the left ventricular wall and in the inferior vena cava wall in chronic Chagasic patients was studied. Of 36 cases 50% showed parasites in the adrenal central vein wall (total 29 nests), 3.1% showedparasites in the vena caval wall (only I nest) and 16,8% we found parasites in the myocardiocytes (total 23 nests). The density of parasites measured in the nests for each 100mm² of the tissue examined, was 0.585 for the adrenal vein, 0.001 for the vena cava and 0.01 for the myocardium. No nest was found in 269103.1mm² of adrenal parenchyma. Although the central vein area examined was smaller, it showed the largest frequency of T. cruzi nests. Since a basic difference between these tissues is the great quantity of corticoids in the blood of the adrenal central vein, this prevalence may be because of this hormonal ambient, which with its immunosupressor and anti-inflammatory effects could help T. cruzi survival
ISSN:0037-8682
1678-9849