O devir-Nóia das mulheres da Cracolândia: a vida no limiar entre dependência, confinamento e resistência
Os usuários de crack, comumente conhecido por “Nóias”, circulam em um local itinerante no centro de São Paulo/Brasil, chamado de “Cracolândia”. Rejeitados pelos seus familiares, e incompreendidos pelo Estado e assistentes sociais, os Nóias são excluídos da sociedade não-drogada, que os considera suj...
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Université de Limoges
2021-05-01
|
Series: | Trayectorias Humanas Trascontinentales |
Subjects: | |
Online Access: | https://www.unilim.fr/trahs/3460 |
id |
doaj-854beaba39ac4195b1af9210cc7f7fbf |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-854beaba39ac4195b1af9210cc7f7fbf2021-05-28T13:33:10ZengUniversité de LimogesTrayectorias Humanas Trascontinentales2557-06332021-05-01910.25965/trahs.34603460O devir-Nóia das mulheres da Cracolândia: a vida no limiar entre dependência, confinamento e resistênciaEduardo Armando Medina Dyna0https://orcid.org/0000-0002-6149-2753Thainá Letícia Sales1https://orcid.org/0000-0003-0448-0454Universidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo, BrasilUniversidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo, BrasilOs usuários de crack, comumente conhecido por “Nóias”, circulam em um local itinerante no centro de São Paulo/Brasil, chamado de “Cracolândia”. Rejeitados pelos seus familiares, e incompreendidos pelo Estado e assistentes sociais, os Nóias são excluídos da sociedade não-drogada, que os considera sujos e anormais. Contraposto a esse ideal que é definido como “padrão molar” por Deleuze e Guattari, propomos que o Nóia constitui-se como um devir resistente, e, mais precisamente, a mulher usuária de crack é ainda mais potente em sua resistência. Assim, elas viveriam no limiar entre dependência (sendo quimicamente dependentes da droga), confinamento (em relação aos seus próprios corpos e sociedade), e resistência (formando uma contra conduta ao padrão molar). A partir de uma análise do discurso com revisão documental e bibliográfica, analisamos essas existências, em busca do devir-nóia que emerge das usuárias.https://www.unilim.fr/trahs/3460femmeconfinementcrackcracolândiaphilosophie deleuzienne et guattariennenóia |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Eduardo Armando Medina Dyna Thainá Letícia Sales |
spellingShingle |
Eduardo Armando Medina Dyna Thainá Letícia Sales O devir-Nóia das mulheres da Cracolândia: a vida no limiar entre dependência, confinamento e resistência Trayectorias Humanas Trascontinentales femme confinement crack cracolândia philosophie deleuzienne et guattarienne nóia |
author_facet |
Eduardo Armando Medina Dyna Thainá Letícia Sales |
author_sort |
Eduardo Armando Medina Dyna |
title |
O devir-Nóia das mulheres da Cracolândia: a vida no limiar entre dependência, confinamento e resistência |
title_short |
O devir-Nóia das mulheres da Cracolândia: a vida no limiar entre dependência, confinamento e resistência |
title_full |
O devir-Nóia das mulheres da Cracolândia: a vida no limiar entre dependência, confinamento e resistência |
title_fullStr |
O devir-Nóia das mulheres da Cracolândia: a vida no limiar entre dependência, confinamento e resistência |
title_full_unstemmed |
O devir-Nóia das mulheres da Cracolândia: a vida no limiar entre dependência, confinamento e resistência |
title_sort |
o devir-nóia das mulheres da cracolândia: a vida no limiar entre dependência, confinamento e resistência |
publisher |
Université de Limoges |
series |
Trayectorias Humanas Trascontinentales |
issn |
2557-0633 |
publishDate |
2021-05-01 |
description |
Os usuários de crack, comumente conhecido por “Nóias”, circulam em um local itinerante no centro de São Paulo/Brasil, chamado de “Cracolândia”. Rejeitados pelos seus familiares, e incompreendidos pelo Estado e assistentes sociais, os Nóias são excluídos da sociedade não-drogada, que os considera sujos e anormais. Contraposto a esse ideal que é definido como “padrão molar” por Deleuze e Guattari, propomos que o Nóia constitui-se como um devir resistente, e, mais precisamente, a mulher usuária de crack é ainda mais potente em sua resistência. Assim, elas viveriam no limiar entre dependência (sendo quimicamente dependentes da droga), confinamento (em relação aos seus próprios corpos e sociedade), e resistência (formando uma contra conduta ao padrão molar). A partir de uma análise do discurso com revisão documental e bibliográfica, analisamos essas existências, em busca do devir-nóia que emerge das usuárias. |
topic |
femme confinement crack cracolândia philosophie deleuzienne et guattarienne nóia |
url |
https://www.unilim.fr/trahs/3460 |
work_keys_str_mv |
AT eduardoarmandomedinadyna odevirnoiadasmulheresdacracolandiaavidanolimiarentredependenciaconfinamentoeresistencia AT thainaleticiasales odevirnoiadasmulheresdacracolandiaavidanolimiarentredependenciaconfinamentoeresistencia |
_version_ |
1721423799777230848 |