Summary: | Introdução: O enfrentamento da pandemia COVID-19 desafia o Brasil sobre as medidas a tomar com a crise sanitária instalada e quais intervenções são mais eficientes e efetivas frente aos problemas decorrentes da nova doença. Esse quadro de incertezas tem levado a ações de financiamento de pesquisa em saúde, que visam o aprimoramento científico e tecnológico, subsidiando a tomada de decisões baseada em evidências. Objetivo: Mapear as oportunidades de financiamento de pesquisa em saúde para o enfrentamento da COVID-19 no Brasil, em termos das áreas priorizadas, fontes financiadoras e volumes financeiros. Método: Fontes públicas foram utilizadas para mapear documentos relativos ao fomento à pesquisa e à inovação em saúde, junto às instâncias públicas e privadas. Realizou-se levantamento diretamente nos sítios eletrônicos das instituições públicas de pesquisa e busca assistemática para identificar financiamentos privados. Os objetos de financiamentos dos editais e chamadas identificados foram categorizados segundo grandes áreas e temáticas específicas. Resultados: Foram identificadas 23 oportunidades de financiamento para o enfrentamento à COVID-19, cobrindo 20 diferentes agentes de financiamento, totalizando R$ 337.460.612,00. Cinco instâncias públicas responderam aproximadamente por 75,0% dos recursos. Conclusões: Apesar do pequeno montante de recursos, houve esforço de fomento à P&D/S em tempo oportuno, principalmente por parte de órgãos públicos federais, com destaque para CAPES e CNPq. As áreas mais contempladas foram os insumos necessários ao enfrentamento da COVID-19 (testes diagnósticos, equipamentos e dispositivos médicos, medicamentos, vacinas e produtos biológicos) e a tecnologias de telecomunicação e informação. Entretanto, os aportes atenderam praticamente todas as áreas importantes para o conhecimento, prevenção e tratamento da doença. Destaca-se que a P&D/S no Brasil tem tido seus recursos significativamente reduzidos desde 2015.
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