Summary: | Examina uma das funções do livro no processo histórico em que se incrementou e se consolidou uma cultura de tolerância. Pressupõe que um desafio fundamental da história do livro, na atualidade, consiste em compreender como as apropriações particulares e inventivas dos leitores singulares (ou dos espectadores) dependem, globalmente, dos efeitos de sentido visados pelas próprias obras e dos usos e das significações impostas pelas formas de sua publicação e circulação. Toma a obra de Erasmo ‘Elogio da loucura’ como marco básico no processo histórico focalizado. Põe em destaque a contribuição literária de Cervantes. Demonstra como o pensamento liberal, na primeira modernidade ocidental, favoreceu a consolidação de uma cultura de tolerância. Discute a relevância contemporânea de obras de autores como Mandela e Walzer, que se aproximam na defesa de uma democracia pluralista, includente, iluminada pela tolerância.
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