Algumas teses sobre o fim da era 35 mm no brasil (1997 – 2014): Novos problemas sobre a ocupação do mercado

A exibição comercial cinematográfica no Brasil se encontra em um momento muito sensível da sua trajetória, iniciada no longínquo ano de 1896. Desde então, o ramo passou por uma serie de mudanças Neste texto, pretendo abordar as recentes transformações tecnológicas e do negócio, pois estes segmentos...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: André Piero Gatti
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de São Carlos 2014-12-01
Series:Revista GEMInIS
Subjects:
3D
VPF
Online Access:http://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/201
Description
Summary:A exibição comercial cinematográfica no Brasil se encontra em um momento muito sensível da sua trajetória, iniciada no longínquo ano de 1896. Desde então, o ramo passou por uma serie de mudanças Neste texto, pretendo abordar as recentes transformações tecnológicas e do negócio, pois estes segmentos da atividade estão se deslocando para um novo paradigma, que ainda se encontra em construção. O que se pode afirmar é que se trata de uma mudança de grau de qualidade, profundidade e intensidade nunca antes vista. Neste atual cenário, criou-se uma série de situações inéditas e inesperadas, o que nos coloca diante de um processo em constante transformação. Por exemplo, isto pode ser observado no setor na base da infraestrutura, onde as questões de ordem tecnológica – o padrão Digital Cinema Iniciatives (DCI) -, os esquemas de financiamento dos projetores digitais – Virtual Print Fee (VPF) -, a presença dos agentes integradores e outros assuntos que ainda estão por surgir são os elementos que estão dando e darão o tom e o compasso do desenrolar desta intrincada sinfonia de interesses. O problema da questão de ordem tecnológica esta para além da mera substituição das máquinas, há que se fazer uma adequação logística e de recursos humanos, para que tal tarefa aconteça de maneira satisfatória. Há um senso comum no mercado brasileiro que considera o fato de que o processo de digitalização das salas se encontra em estágio insatisfatório. Por pressão do próprio mercado, esta situação acabou levando o Estado brasileiro, através do BNDES e da Ancine, principalmente, a disponibilizar linhas de financiamento para tal complexa e cara tarefa. Além disso, foram recentemente criados mecanismos legais (aduaneiros e tarifários) com a finalidade de baixar os custos de importação da infraestrutura necessária para a adequação digital da exibição cinematográfica instalada no País.
ISSN:2179-1465