Gênero, currículo e pedagogia decolonial: anotações para pensarmos as mulheres no ensino de História

O trabalho proposto nesse artigo tem como objetivo central discutir apontamentos teóricos que nos permitam pensar gênero, currículo e ensino de História. Partindo de uma concepção de currículo de História na educação básica como um texto, ou narrativa que sinaliza determinadas concepções de história...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Larissa Costard
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Amapá 2018-02-01
Series:Fronteiras & Debates
Online Access:https://periodicos.unifap.br/index.php/fronteiras/article/view/3635
Description
Summary:O trabalho proposto nesse artigo tem como objetivo central discutir apontamentos teóricos que nos permitam pensar gênero, currículo e ensino de História. Partindo de uma concepção de currículo de História na educação básica como um texto, ou narrativa que sinaliza determinadas concepções de história e dos atores sociais representados, e que por isso reflete relações historicamente situadas de poder na construção dos saberes que envolvem o processo de ensino e aprendizagem, é possível iniciar o debate com a noção de que as narrativas e perspectivas construídas nas salas de aula constituem matéria-prima fundamental para a formação das identidades sociais dos estudantes. Assim, entendendo os currículos como ‘documentos de identidade’, conforme sinaliza Tomaz Tadeu da Silva, a pesquisa gira em torno de questionar que histórias e que mulheres estão presentes na construção do saber histórico escolar, e especialmente que aportes podemos mobilizar para pensar currículos que rompam com uma história única das mulheres, ou seu apagamento nas narrativas da história escolar. O quadro teórico sugerido para debater a questão tem como base a ideia de problematizar a colonialidade do gênero, de acordo com as reflexões da filósofa argentina María Lugones, e a necessidade premente de pensar um currículo decolonial, à luz de Catherine Walsh, para uma interculturalidade crítica, amparando uma escrita escolar da história com enorme potência de diversidade, crítica e abertura para outras histórias.
ISSN:2446-8215