Summary: | Este artigo aborda sentidos da figura e da arte cênica do palhaço, em tensionamento cômico e jogo criativo com o mundo sério. Para tal, trazemos à esta reflexão as forças extemporâneas de tipos poéticos da genealogia da palhaçaria (jograis, bufões, bobos da corte, etc.) e a crítica nietzschiana dos valores morais e tipos humanos que impingem peso e gravidade à existência. Com isso, questionamos o que pode o palhaço – reconhecido em seu caráter universal como tolo, idiota, vagabundo, desajustado, desrazoado, animalesco, miserável, vil, marginal – com sua arte cênica e humorística na contemporaneidade, diante dos horrores e graves tragédias da existência?
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