Água parada
<p>“Na terceira margem do rio”, de Primeiras estórias, o ato radical de um hom em qu e se muda para o m ei o d o ri o interroga a norma lidade e incita o filho a seguir o mesm o percurso, lançando-se ao mesmo paradoxo: part ida e permanênci a n u m não-lugar. O mito, <em>i</em><...
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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
2005-10-01
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doaj-831f4135079642dab3e172551235637b2021-02-02T01:42:27ZporPontifícia Universidade Católica de Minas GeraisScripta1516-40392358-34282005-10-0191761748123Água paradaAna Paula Pacheco0Universidade de São Paulo<p>“Na terceira margem do rio”, de Primeiras estórias, o ato radical de um hom em qu e se muda para o m ei o d o ri o interroga a norma lidade e incita o filho a seguir o mesm o percurso, lançando-se ao mesmo paradoxo: part ida e permanênci a n u m não-lugar. O mito, <em>i</em><em>n</em><em>i</em><em>ll</em><em>o tempore, </em>revém mediado nessa narrativa sob uma tônica trági ca, qu an do o homem não é dono d e seu destino. O trânsito para essa terceira margem suspende a História, sem reverter, entretanto, uma situação sem saídas: a revelação mítica de uma outra esfera d o real surge com o reposição de impasses e paralisia. Simultaneamente, pa ra a lé m das angústias pessoais daquele que não consegue seguir um caminho que se lhe a presenta obscuro e terrificane, o desenho de gestos análogos a ri tos que não se completam parece apontar, no conto, para um contexto mais amplo.</p>http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/14079A terceira margem do rioMito e históriaGuimarães RosaContoMarcas do trágico |
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<p>“Na terceira margem do rio”, de Primeiras estórias, o ato radical de um hom em qu e se muda para o m ei o d o ri o interroga a norma lidade e incita o filho a seguir o mesm o percurso, lançando-se ao mesmo paradoxo: part ida e permanênci a n u m não-lugar. O mito, <em>i</em><em>n</em><em>i</em><em>ll</em><em>o tempore, </em>revém mediado nessa narrativa sob uma tônica trági ca, qu an do o homem não é dono d e seu destino. O trânsito para essa terceira margem suspende a História, sem reverter, entretanto, uma situação sem saídas: a revelação mítica de uma outra esfera d o real surge com o reposição de impasses e paralisia. Simultaneamente, pa ra a lé m das angústias pessoais daquele que não consegue seguir um caminho que se lhe a presenta obscuro e terrificane, o desenho de gestos análogos a ri tos que não se completam parece apontar, no conto, para um contexto mais amplo.</p> |
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