Água parada

<p>“Na terceira margem do rio”, de Primeiras estórias, o ato radical de um hom em qu e se muda para o m ei o d o ri o interroga a norma lidade e incita o filho a seguir o mesm o percurso, lançando-se ao mesmo paradoxo: part ida e permanênci a n u m não-lugar. O mito, <em>i</em><...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ana Paula Pacheco
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais 2005-10-01
Series:Scripta
Subjects:
Online Access:http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/14079
Description
Summary:<p>“Na terceira margem do rio”, de Primeiras estórias, o ato radical de um hom em qu e se muda para o m ei o d o ri o interroga a norma lidade e incita o filho a seguir o mesm o percurso, lançando-se ao mesmo paradoxo: part ida e permanênci a n u m não-lugar. O mito, <em>i</em><em>n</em><em>i</em><em>ll</em><em>o tempore, </em>revém mediado  nessa narrativa sob  uma tônica trági ca, qu an do o homem não é dono d e seu destino. O trânsito para essa terceira margem suspende a História, sem reverter, entretanto, uma situação sem saídas: a revelação mítica de uma outra esfera d o real surge com o reposição  de impasses e paralisia. Simultaneamente, pa ra a lé m das angústias pessoais daquele que não consegue seguir um caminho que se lhe a presenta obscuro e terrificane, o desenho de gestos análogos a ri tos que não se completam parece apontar, no conto, para um contexto mais amplo.</p>
ISSN:1516-4039
2358-3428