Educação de jovens e adultos no Brasil: novos programas, velhos problemas
Este texto faz uma análise retrospectiva da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil a partir de 1945 até os dias atuais, procurando discutir as variáveis: social, política, econômica e cultural que motivaram e ainda motivam os governantes a não se preocuparem com esta modalidade de ensino. Cab...
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Universidade Tuiuti do Paraná
2018-11-01
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Series: | Cadernos de Pesquisa: Pensamento Educacional |
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doaj-82ed0011aff5442ba230fa749f009c692020-11-25T01:47:59ZspaUniversidade Tuiuti do ParanáCadernos de Pesquisa: Pensamento Educacional1980-97002175-26132018-11-0148Educação de jovens e adultos no Brasil: novos programas, velhos problemasAntônio Cláudio Moreira Costa Este texto faz uma análise retrospectiva da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil a partir de 1945 até os dias atuais, procurando discutir as variáveis: social, política, econômica e cultural que motivaram e ainda motivam os governantes a não se preocuparem com esta modalidade de ensino. Cabe ressaltar que a educação de jovens e adultos no Brasil surgiu como uma alternativa à qualificação de mão-de-obra para atender as demandas do processo de industrialização, portanto sua principal função era a de formar indivíduos autômatos e sem nenhum senso crítico. A única proposta de EJA, que teve como objetivo a formação de cidadãos numa perspectiva crítica, foi desenvolvida por Paulo Freire, porém sua continuidade foi abortada pelo regime militar, que via nessa práxis educativa um poder subversivo muito grande. Após a experiência freiriana, inúmeros programas de EJA foram desenvolvidos, mas seus resultados foram pífios, pois nenhum governo assumiu o compromisso de consolidar uma política pública séria para essa modalidade educativa. Além de abordar essas questões o texto procura discutir o conceito de analfabeto e a legislação vigente sobre o EJA, demonstrando que ela, em pleno século XXI, ainda é marginalizada e discriminada pelos governantes brasileiros. https://interin.utp.br/index.php/a/article/view/1892 |
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Este texto faz uma análise retrospectiva da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil a partir de 1945 até os dias atuais, procurando discutir as variáveis: social, política, econômica e cultural que motivaram e ainda motivam os governantes a não se preocuparem com esta modalidade de ensino. Cabe ressaltar que a educação de jovens e adultos no Brasil surgiu como uma alternativa à qualificação de mão-de-obra para atender as demandas do processo de industrialização, portanto sua principal função era a de formar indivíduos autômatos e sem nenhum senso crítico. A única proposta de EJA, que teve como objetivo a formação de cidadãos numa perspectiva crítica, foi desenvolvida por Paulo Freire, porém sua continuidade foi abortada pelo regime militar, que via nessa práxis educativa um poder subversivo muito grande. Após a experiência freiriana, inúmeros programas de EJA foram desenvolvidos, mas seus resultados foram pífios, pois nenhum governo assumiu o compromisso de consolidar uma política pública séria para essa modalidade educativa. Além de abordar essas questões o texto procura discutir o conceito de analfabeto e a legislação vigente sobre o EJA, demonstrando que ela, em pleno século XXI, ainda é marginalizada e discriminada pelos governantes brasileiros.
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