Dostoevsky and Stendhal´s sydrome Dostoiévski e a síndrome de Stendhal

Stendhal’s syndrome occurs among travelers when they encounter a work of art of great beauty. It is characterized by an altered perception of reality, emotional disturbances, and crises of panic and anxiety with somatization. The patient profile described originally for this syndrome was of particul...

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Bibliographic Details
Main Author: Edson José Amâncio
Format: Article
Language:English
Published: Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO) 2005-12-01
Series:Arquivos de Neuro-Psiquiatria
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2005000600034
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description Stendhal’s syndrome occurs among travelers when they encounter a work of art of great beauty. It is characterized by an altered perception of reality, emotional disturbances, and crises of panic and anxiety with somatization. The patient profile described originally for this syndrome was of particularly sensitive individuals who were admirers of works or art: artists, poets, writers and art students, among others. The Russian writer Fyodor Mikhailovich Dostoevsky suffered from epilepsy and there is evidence that he presented the symptoms of Stendahl’s syndrome while contemplating some works of art, particularly when viewing Hans Holbein’s masterpiece, Dead Christ, during a visit to the museum in Basle.<br>A síndrome de Stendhal foi descrita pela psiquiatra italiana Graziela Margherini, em 1989. Foi assim denominada em homenagem ao famoso escritor francês Stendhal que viveu na Itália grande parte da sua vida como diplomata. Stendhal descreveu as sensações que se apoderaram dele ao se deparar com algumas obras primas de pintores e escultores em Florença - vivências estranhas, por vezes acompanhadas de sintomas físicos, sensação de profunda emoção, seguida de um leve entorpecimento, desorientação têmporo-espacial momentânea, sudorese profusa e desrealização. Esse conjunto de sintomas, ocorridos durante a contemplação de uma obra de arte, foram catalogados por Graziela Magherini no hospital Santa Maria Nuova de Florença em 106 pacientes, todos eles viajantes que vieram a Florença pela primeira vez, passando a denominá-los síndrome de Stendhal. Com base nas reações do escritor russo Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski diante do quadro O Cristo Morto, de Hans Holbein, o jovem, num museu da Basiléia descritas por sua segunda esposa Anna Grigoriévna Sniktina, em dados biográficos e na análise do entusiasmo com que o príncipe Míschkin, personagem principal do romance O Idiota, demonstra pelo quadro, na própria descrição que Dostoiévski fez dessa obra de arte, este autor propõe a ocorrência da síndrome no escritor russo diante da contemplação do quadro. Discute ainda a possibilidade de tais fenômenos serem manifestações críticas da epilepsia parcial complexa de que provavelmente Dostoiévski era portador.
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