DO PÍCARO ESPANHOL AO MALANDRO BRASILEIRO: PERCURSOS DO ANTI-HEROI

<p>Neste artigo, objetivamos estudar panoramicamente o percurso dos seguintes personagens: Lazarillo de Tormes<em> </em>(<em>Lazarillo</em>,1554<em>),</em> Leonardo (<em>Memórias de um Sargento de Milícias, </em>1852-53),<em> </em>Mac...

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Bibliographic Details
Main Author: Betania Vasconcelos da Cruz Fraga (UEMS)
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Regional do Cariri 2018-07-01
Series:Macabéa
Online Access:http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/MacREN/article/view/1410
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spelling doaj-8282e386feb14b06b479c6a0fc14b5672020-12-02T14:22:32ZengUniversidade Regional do CaririMacabéa2316-16632018-07-0171243410.47295/mren.v7i1.1410859DO PÍCARO ESPANHOL AO MALANDRO BRASILEIRO: PERCURSOS DO ANTI-HEROIBetania Vasconcelos da Cruz Fraga (UEMS)0Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul<p>Neste artigo, objetivamos estudar panoramicamente o percurso dos seguintes personagens: Lazarillo de Tormes<em> </em>(<em>Lazarillo</em>,1554<em>),</em> Leonardo (<em>Memórias de um Sargento de Milícias, </em>1852-53),<em> </em>Macunaíma (<em>Macunaíma, o herói sem nenhum caráter</em>, 1928<em>)</em>, Athualpa tio e sobrinho (<em>Meu tio Atahualpa</em>, 1972)<em> </em>e Tito da Mata (<em>Fantoches</em>, 1998). Partindo da picaresca clássica espanhola, com o personagem Lazarillo, visamos assinalar um percurso anti-heroico iniciado por esse personagem na Espanha do Século Ouro e continuado por outros protagonistas da ficção brasileira e que mantiveram algumas características do seu ancestral picaresco, além de incorporar também muitas inovações. Como suporte teórico, utilizamos as obras e estudos de Antonio Candido (1970), Roberto Da Matta (1997), Mario Miguel González (1988, 1992), Altamir Botoso (2010). Em síntese, foi possível observar que tanto pícaros quanto malandros são personagens que se estabelecem nas margens da sociedade e por meio de uma rebeldia individualista, confirmam e consagram uma posição anti-heroica nos textos ficcionais a que pertencem.</p><p> </p><p><strong>DOI:</strong> https://doi.org/10.47295/mren.v7i1.1410</p>http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/MacREN/article/view/1410
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publishDate 2018-07-01
description <p>Neste artigo, objetivamos estudar panoramicamente o percurso dos seguintes personagens: Lazarillo de Tormes<em> </em>(<em>Lazarillo</em>,1554<em>),</em> Leonardo (<em>Memórias de um Sargento de Milícias, </em>1852-53),<em> </em>Macunaíma (<em>Macunaíma, o herói sem nenhum caráter</em>, 1928<em>)</em>, Athualpa tio e sobrinho (<em>Meu tio Atahualpa</em>, 1972)<em> </em>e Tito da Mata (<em>Fantoches</em>, 1998). Partindo da picaresca clássica espanhola, com o personagem Lazarillo, visamos assinalar um percurso anti-heroico iniciado por esse personagem na Espanha do Século Ouro e continuado por outros protagonistas da ficção brasileira e que mantiveram algumas características do seu ancestral picaresco, além de incorporar também muitas inovações. Como suporte teórico, utilizamos as obras e estudos de Antonio Candido (1970), Roberto Da Matta (1997), Mario Miguel González (1988, 1992), Altamir Botoso (2010). Em síntese, foi possível observar que tanto pícaros quanto malandros são personagens que se estabelecem nas margens da sociedade e por meio de uma rebeldia individualista, confirmam e consagram uma posição anti-heroica nos textos ficcionais a que pertencem.</p><p> </p><p><strong>DOI:</strong> https://doi.org/10.47295/mren.v7i1.1410</p>
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